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Pianista russo antiguerra morre na prisão após entrar em greve de fome

Pavel Kushnir, de 39 anos, foi detido em maio e acusado de incitar a atividades terroristas por ter publicado mensagens antiguerra nas redes sociais,

Pianista russo antiguerra morre na prisão após entrar em greve de fome
Notícias ao Minuto

08:49 - 06/08/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia

Um pianista russo detido por criticar a guerra na Ucrânia morreu na prisão após ter entrado em greve de fome, num caso descrito pela União Europeia (UE) como uma "lembrança chocante da repressão contínua do Kremlin".

 

Pavel Kushnir, de 39 anos, foi detido em maio e acusado de incitar a atividades terroristas por ter publicado mensagens antiguerra nas redes sociais, de acordo com a agência de notícias Reuters. 

A notícia da sua morte foi avançada na semana passada por uma publicação russa e confirmada, na segunda-feira, pela sua mãe, Irina Levina. Ao site independente Mediazona, a mulher revelou que foi informada de que o filho morreu no passado dia 28 de julho, quando estava em prisão preventiva em Birobidzhan, no leste da Rússia.

Na rede social X, o porta-voz europeu para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano, afirmou que o caso era uma "lembrança chocante da repressão contínua do Kremlin" e instou a Rússia a "respeitar a sua Constituição, libertar todos os prisioneiros de consciência e parar a repressão contra os manifestantes antiguerra".

Já Svetlana Kaverzina, uma política independente da Sibéria, revelou que Kushnir ficou isolado e sem apoio porque não existia uma rede local de dissidentes e as pessoas não tinham conhecimento do seu caso.
"Não podíamos contribuir e enviar-lhe um advogado - não sabíamos. Não lhe escrevemos cartas de apoio - não sabíamos. Não o dissuadimos de se sacrificar - não sabíamos. Ele estava sozinho", lamentou no Telegram.

A morte de Pavel Kushnir, que tinha estudado no famoso Conservatório de Moscovo, ocorreu numa altura em que os Estados Unidos e vários aliados europeus efetuaram a maior troca de prisioneiros desde a Guerra Fria. Na passada quinta-feira, 16 pessoas foram libertadas da Rússia para regressarem a casa e oito foram libertadas de prisões norte-americanas e europeias para a Rússia.

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