Exército israelita reclama morte de comandante do Hamas
O exército israelita reclamou hoje a autoria da morte de cerca de 45 alegados militantes palestinianos nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, incluindo um comandante do Hamas encarregado do tráfico de equipamento militar.
© Amir Levy/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Em comunicado, o exército de Israel descreve que o comandante, identificado como Mohamed Mahasneh, supervisionava principalmente o transporte de material militar por mar, mas também estava envolvido no tráfico através de túneis e passagens de fronteira.
"A sua eliminação [Mohamed Mahasneh] degrada seriamente as capacidades do grupo terrorista Hamas de contrabandear equipamento para a Faixa de Gaza", descreveu o exército.
Desde o início da ofensiva contra Rafah, a cidade mais meridional do enclave palestiniano, as autoridades israelitas assumiram o controlo do chamado Corredor de Filadélfia, que corre ao longo da fronteira com o Egito, e fecharam a passagem fronteiriça em Rafah, onde grande parte da ajuda humanitária entrou no enclave desde o início da guerra.
Desde então, Israel diz ter encontrado dezenas de túneis na área, alguns dos quais terminam no Egito, e que as forças israelitas dizem ter sido usados para o tráfico de armas.
A ofensiva em Rafah continua e o exército matou cerca de 25 militantes palestinos na cidade nas últimas 24 horas, tanto em combate como através de ataques aéreos.
As forças israelitas mataram outros 20 supostos combatentes no centro da Faixa, onde no final de julho ordenaram a evacuação de partes dos campos de refugiados de Bureij e Nuseirat.
Pelo menos 39.623 habitantes de Gaza foram mortos, a maioria mulheres e crianças, e outros 91.469 ficaram feridos em quase dez meses de guerra no devastado enclave palestino, de acordo com os últimos números do Ministério da Saúde da Faixa controlada pelo Hamas.
A solução que Israel dá aos habitantes de Gaza que ordena que se desloquem é que fujam para a "zona humanitária" de Mawasi, a oeste da cidade de Khan Younis, cujo perímetro é cada vez menor e está repleto de refugiados que vivem em tendas sem água e sem eletricidade.
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