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Nove palestinianos e quatro libaneses mortos em vários ataques israelitas

Pelo menos nove palestinianos e quatro libaneses morreram nas últimas 24 horas em vários ataques do exército de Israel na Cisjordânia ocupada e no sul do Líbano, indicaram fontes oficiais palestinianas, de Israel e da organização Crescente Vermelho.

Nove palestinianos e quatro libaneses mortos em vários ataques israelitas
Notícias ao Minuto

11:28 - 06/08/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Na Cisjordânia ocupada, quatro pessoas foram mortas na região de Jenin (norte) e quatro no distrito de Tubas (nordeste), quatro deles menores, em ataques levados a cabo pelas forças israelitas durante a madrugada, de acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano e o Ministério da Saúde palestiniano em Ramallah, tutelado pela Autoridade Palestiniana.

 

Um primeiro balanço apontava para seis mortos.

Por seu lado, o exército israelita declarou ter efetuado ataques aéreos contra "células terroristas armadas" na região de Jenin, sem fornecer qualquer informação sobre o número de mortos.

Os ataques aéreos surgem depois de os aviões israelitas terem também bombardeado Tulkarem com dois 'drones' (aparelhos não tripulados) no sábado, matando um total de nove milicianos, no outro grande foco de violência no norte da Cisjordânia e alvo regular de ataques israelitas este ano, face à proliferação de milícias locais que reúnem combatentes de todas as fações palestinianas.

Noutro local, num posto de controlo militar nos arredores de Jerusalém, um palestiniano foi morto a tiro pelas forças israelitas depois de ter atacado com uma chave de fendas uma agente da polícia de fronteira, que ficou ligeiramente ferida, informaram as autoridades num comunicado.

O incidente ocorreu por volta das 10:45 locais (08:45 em Lisboa), quando um autocarro proveniente da Cisjordânia ocupada foi parado num posto de controlo.

Os passageiros foram convidados a sair do veículo e, durante a inspeção, um deles atacou um dos agentes com uma chave de fendas. O atacante foi baleado pela patrulha fronteiriça israelita e por agentes do exército, segundo a polícia.

Entretanto, no Líbano, pelo menos quatro pessoas morreram também hoje quando um 'drone' israelita bombardeou uma casa na localidade de Mayfadoun, no sul do país, elevando para nove o número de mortos na vaga de violência que se registou no país no último dia e meio.

"Em relação ao bombardeamento inimigo israelita que teve como alvo uma casa na aldeia de Mayfadoun, o Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública emite um comunicado anunciando que a agressão resultou na morte de quatro pessoas", lê-se numa nota do departamento de saúde libanês.

O ministério não especifica se as vítimas são civis ou se alguma delas pode pertencer ao grupo xiita libanês Hezbollah, ou a uma das outras formações armadas envolvidas, em menor escala, no fogo cruzado mantido com as forças israelitas há quase dez meses na fronteira entre os dois países.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN), um 'drone' israelita lançou os mísseis por volta das 10:05 locais (08:05 em Lisboa) e atingiu uma casa de dois andares na cidade, onde se podia ver uma nuvem de fumo a sair do local.

No último dia e meio, cinco pessoas foram mortas em três atentados bombistas no sul do Líbano, elevando para nove o número de vítimas no país durante este período.

Vários países pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano e várias companhias aéreas cancelaram os voos para Beirute, num clima de crescente receio de uma escalada depois de, há uma semana, sete pessoas terem sido mortas num ataque israelita nos arredores da capital.

O Médio Oriente está em alerta máximo enquanto aguarda a resposta do Hezbollah ao bombardeamento ocorrido nos arredores de Beirute e a resposta prometida pelo Irão ao assassinato do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, na quarta-feira passada, num ataque atribuído a Israel.

A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, pelo menos 281 palestinianos foram mortos por fogo israelita, na sua maioria milicianos ou atacantes, mas também civis, incluindo cerca de 55 menores, de acordo com a contagem da agência espanhola EFE.

O ano passado foi o mais mortífero das últimas duas décadas, com mais de 520 mortos.

O exército israelita intensificou as suas incursões, agora frequentes, na Cisjordânia ocupada na sequência do ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 e, desde então, pelo menos 622 palestinianos foram mortos em incidentes violentos com Israel - incluindo pelo menos 149 menores - principalmente por militares e uma dúzia por colonos.

Do lado israelita, 20 pessoas foram mortas este ano: 11 militares e nove civis, cinco dos quais colonos.

Leia Também: Exército israelita reclama morte de comandante do Hamas

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