Champanhe em navio afundado? Suécia quer "proteção clara e forte"

Em causa está a descoberta de um "tesouro" - incluindo cerca de 100 garrafas de champanhe - no Mar Báltico, no interior de um navio do século XIX. 

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© Reprodução/Baltictech

Márcia Guímaro Rodrigues
07/08/2024 15:26 ‧ 07/08/2024 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Suécia

As autoridades suecas pediram uma "proteção clara e forte" dos destroços de um navio que naufragou no século XIX, incluindo das cerca de 100 garrafas de champanhe que estavam no seu interior. 

 

Em causa está a descoberta de um "tesouro" no Mar Báltico, por parte de uma equipa de mergulhadores polacos, ao largo da Suécia, a cerca de 37 quilómetros a sul da ilha de Oland. 

Após a descoberta - que inclui cerca de 100 garrafas de champanhe, vinho e água mineral -, vários especialistas entraram em contacto com os mergulhadores do grupo Baltictech para realizar testes ao conteúdo das garrafas.

No entanto, as autoridades suecas negaram o acesso ao navio, que descreveram como "uma relíquia antiga" que precisa de uma "proteção clara e forte" para permanecer intacta, revela a agência de notícias The Associated Press (AP). 

"Não se deve danificar os restos antigos, o que também inclui retirar objetos do naufrágio, por exemplo garrafas de champanhe, sem autorização do condado", disse Magnus Johansson, um funcionário do condado sueco de Blekinge, à AP.

"As garrafas de champanhe são um achado fantasticamente bem preservado que nos dá um retrato da navegação e da vida a bordo no final do século XIX", acrescentou, lembrando que se o naufrágio tivesse ocorrido antes de 1850 teria sido automaticamente classificado como "relíquia antiga". 

Na altura da descoberta, noticiada no final de julho, Tomasz Stachura, do grupo de mergulhadores Baltictech, contou que foi encontrado "um veleiro do século XIX em muito bom estado", carregado com "champanhe, vinho, água mineral e porcelana". 

Mergulhadores encontram navio com cerca de 100 garrafas de champanhe

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O navio do século XIV estava "carregado até aos bordos com champanhe, vinho, água mineral e porcelana".

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Apesar do champanhe, a água mineral foi a descoberta "que se revelou mais interessante", uma vez que no século XIX, esta "era tratada quase como um medicamento e só chegava às mesas reais". 

Aliás, foi a descoberta da água mineral que permitiu descobrir em que altura é que o navio naufragou. Os mergulhadores conseguiram perceber, através de uma gravação na embalagem de barro, que se tratavam de garrafas do produtor alemão Selters e que teriam sido produzidas entre 1850 e 1867.

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