"Se os Estados Unidos e os países ocidentais pretendem evitar a guerra e a insegurança na região, devem imediatamente interromper a venda de armas e de apoiar o regime sionista", declarou Pezeshkian no decurso de um contacto telefónico com o homólogo francês, Emmanuel Macron, de acordo com um comunicado da Presidência iraniana.
O chefe de Estado iraniano sustentou que estes países "apoiam um regime que não respeita quaisquer leis e acordos internacionais".
As tensões no Médio Oriente agravaram-se após o assassinato de Ismail Haniyeh em 31 de julho na capital iraniana, atribuído a Israel, que não comentou este ataque.
Haniyeh encontrava-se em Teerão para a cerimónia de investidura do Presidente reformador recentemente eleito.
Irão e os seus aliados, o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês, prometeram retaliar, suscitando fortes inquietações num contexto muito explosivo relacionado com a guerra na Faixa de Gaza entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel, que hoje entra no 11.º mês.
"A República Islâmica do Irão considera que evitar a guerra e tentar estabelecer a paz e a segurança no mundo é um dos princípios fundamentais", prosseguiu Pezeshkian, para precisar que "no âmbito dos tratados e das leis internacionais, jamais permanecerá silenciosa face às violações dos seus interesses e da sua segurança".
A morte de Haniyeh, principal negociador do Hamas nas conversações de cessar-fogo em Gaza, também suscitou receios sobre o futuro do processo negocial.
No decurso do contacto telefónico, o Presidente iraniano também apelou aos países ocidentais a "forçarem o regime [Israel] a pôr termo ao genocídio e aos ataques contra Gaza e aceitar um cessar-fogo".
O Irão não reconhece Israel e elegeu a causa palestiniana como um elemento central da sua política externa desde a Revolução islâmica de 1979.
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