Os Mossos d'Esquadra, polícia da Catalunha, deram início à Operação Jaula para deter o independentista Carles Puigdemont, que regressou esta quinta-feira a Espanha após quase sete anos a viver no estrangeiro para fugir à justiça do país.
Segundo a rádio catalã RAC1, que cita fontes oficiais dos Mossos d'Esquadra, Puigdemont terá conseguido fugir de Barcelona.
Fontes da polícia explicaram aos meios de comunicação social que foi acionada a 'Operação Jaula', com controlo das estradas de saída da Catalunha, para tentar localizar Puigdemont e evitar de novo a sua saída para o estrangeiro, como aconteceu em 2017.
Imagens transmitidas pelas televisões mostram como foram cortadas diversas estradas, como a autoestrada que liga a Catalunha ao sul de França, com os carros a serem inspecionados pela polícia.
Puigdemont, alvo de um mandado de detenção em território espanhol, esteve hoje numa praça de Barcelona, rodeado por milhares de pessoas, num regresso a Espanha após quase sete anos a viver no estrangeiro para fugir à justiça do país.
Depois de ter dirigido algumas palavras aos apoiantes, convocados para o local pelo seu partido, o Juntos pela Catalunha (JxCat), Puigdemont abandonou o palco instalado no local e desapareceu, aparentemente, entre a multidão.
Enquanto esteve neste local, Puigdemont não foi abordado pela polícia.
Eleito deputado nas eleições catalãs de 12 de maio, Puigdemont anunciou na quarta-feira que pretendia estar hoje na sessão parlamentar convocada para votar a investidura do socialista Salvador Illa como presidente do governo autonómico catalão (conhecido como Generalitat).
Puigdemont, que protagonizou a declaração unilateral de independência da Catalunha de outubro de 2017, continua a ser alvo de um mandado de detenção em território espanhol e admitiu, num vídeo que divulgou nas redes sociais, que arrisca ser detido hoje, com este regresso a Espanha.
[Notícia atualizada às 10h17]
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