JxCat condiciona apoio a Sánchez ao compromisso com amnistia

O secretário-geral do Juntos pela Catalunha (JxCat), Jordi Turull, condicionou hoje a continuidade do apoio do partido ao Governo de Pedro Sánchez aos esforços dos socialistas para garantir que "a lei de amnistia seja aplicada".

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© Ion Alcoba/Europa Press via Getty Images

Lusa
09/08/2024 12:36 ‧ 09/08/2024 por Lusa

Mundo

Espanha

 

 

Em declarações à Rac1, Turull explicou que o JxCat colocará esta questão em cima da mesa na próxima reunião do espaço de negociação "com um mediador internacional" que mantém aberto com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

"Queremos ver como o Governo do Estado faça tudo para que a lei de amnistia seja aplicada. E quando há juízes que não aplicam a lei, que ações o Governo do Estado pretende tomar para denunciar essa situação?", alertou.

Segundo Turull, se o Governo insiste que não há problema com os juízes que se recusam a aplicar a lei de amnistia, por exemplo, no caso do ex-presidente catalão Carles Puigdemont e outros líderes independentistas, o apoio de JxCat a Sánchez "deixará de vigorar".

Turull disse hoje que Puigdemont, que na quinta-feira desapareceu após uma breve aparição num evento em Barcelona, já regressou à sua residência em Waterloo, na Bélgica.

O comissário-chefe dos Mossos d'Esquadra, Eduard Sallent, afirmou hoje que não têm "nenhum elemento objetivo" para confirmar que Puigdemont já está fora de Espanha, sublinhando que não dá "crédito" à "desinformação" das pessoas que o acompanharam na sua fuga.

"Enquanto não tivermos provas de que ele está fora do âmbito das nossas competências, continuaremos a procurá-lo para dar cumprimento ao mandado de captura", disse.

Puigdemont, antigo presidente do Governo Regional da Catalunha e protagonista da declaração unilateral de independência da região de 2017, vive no estrangeiro desde então, para fugir à justiça espanhola, e continua a ser alvo de um mandado de detenção em território nacional.

Apesar disso, conseguiu surgir na quinta-feira em público numa concentração de milhares de apoiantes no centro de Barcelona sem ser detido.

Depois de, a partir de um palco, se ter dirigido à multidão concentrada numa praça do centro da cidade, o dirigente separatista desapareceu, desconhecendo-se o seu paradeiro.

Eleito deputado nas eleições catalãs de 12 de maio, Puigdemont tinha anunciado que estaria na sessão parlamentar de quinta-feira, convocada para investir o socialista Salvador Illa presidente do Governo Regional, mas o plenário decorreu sem a sua presença.

A polícia tinha montado um perímetro de segurança em redor do parlamento, com uma barreira policial que Puigdemont teria de cruzar para aceder ao edifício, mas nunca chegou a esse local, onde se esperava que fosse detido.

Os Mossos d'Esquadra acionaram depois a "operação Jaula", um dispositivo de segurança, com controlo de estradas, para tentar localizá-lo, mas sem sucesso.

Leia Também: Catalunha. Salvador Illa pede aplicação de amnistia "sem subterfúgios"

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