Dois dias após a nomeação de um novo primeiro-ministro, o chefe do Conselho Político Supremo Huti, Mahdi al-Mashat, emitiu um decreto com os nomes dos membros do novo governo, que será chefiado pelo recém-nomeado primeiro-ministro, Ahmad al-Rahawi, a quem pediu que formasse um novo executivo depois de reduzir para metade as pastas ministeriais, informou a agência noticiosa Huti Saba.
O xeque Mohamed Muftah, que dirige o Comité Nacional Huti para o Apoio a Al Aqsa, foi nomeado primeiro vice-primeiro-ministro na remodelação, com apenas o vice-primeiro-ministro da Defesa e Segurança, Jalal al Rowaishan, o ministro da Defesa, Mohamed al Atifi, e o ministro do Interior, Abdul-Kreem al Huti, a manterem os cargos, segundo o decreto.
Entre os ministros demitidos figura o ministro da Educação, Yahya al Huti, irmão do líder do grupo, Abdulmalik al Huti.
A presença feminina do anterior governo, que incluía uma ministra dos direitos humanos e duas ministras sem pasta, foi completamente eliminada.
Esta remodelação ministerial implicou a fusão de algumas pastas, nomeadamente Justiça e Direitos Humanos, Negócios Estrangeiros e Expatriados, Função Pública e Desenvolvimento Administrativo, Transportes e Obras Públicas.
Foram também afetadas as pastas da Economia, Indústria e Investimento, Agricultura, Pescas e Recursos Hídricos, Educação e Investigação Científica, Eletricidade, Energia e Água, Saúde e Ambiente, Cultura e Turismo.
O novo governo foi destituído das pastas do Planeamento e Cooperação Internacional, do Ensino Técnico e Formação Profissional, dos Assuntos Jurídicos, da Orientação Religiosa, da Administração Local, bem como dos cargos de ministros de Estado.
A formação do novo governo mostra a determinação dos Hutis em racionalizar as despesas e controlar a inflação na estrutura administrativa do seu governo, no meio das suas operações no Mar Vermelho, no contexto do conflito na Faixa de Gaza.
Além disso, a nomeação de políticos das províncias do sul para algumas pastas do governo indica uma tentativa de agradar aos sulistas, cujas áreas estão sob o controlo do governo reconhecido internacionalmente e do Conselho de Transição do Sul, apoiado pelos Emirados, ambos rivais dos Hutis.
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