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Comissão Europeia rejeita acusações de interferência feitas por Trump

A Comissão Europeia rejeitou hoje qualquer interferência nas eleições presidenciais norte-americanas, depois da acusação feita pela equipa do republicano Donald Trump, na sequência de uma carta enviada ao proprietário da rede social X, Elon Musk.

Comissão Europeia rejeita acusações de interferência feitas por Trump
Notícias ao Minuto

13:46 - 13/08/24 por Lusa

Mundo EUA/Eleições

"Vamos ser claros, a União Europeia [UE] não interfere em eleições", disse a porta-voz do executivo comunitário Arianna Podesta, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

 

A porta-voz da Comissão Europeia acrescentou que a carta enviada pelo comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, na segunda-feira, ao empresário Elon Musk, que é detentor do X (antigo Twitter), "de maneira alguma" tinha a intenção de "interferir nas eleições norte-americanas".

A missiva endereçada a Elon Musk tinha apenas como propósito recordar que a plataforma digital tem de cumprir com as obrigações para poder continuar a operar na UE.

O porta-voz do candidato republicano à Presidência dos EUA acusou a UE de tentar interferir nas eleições norte-americanas, depois de Bruxelas advertir que monitoriza a disseminação de mensagens de ódio na rede social X (antigo Twitter).

"A União Europeia devia meter-se na sua vida em vez de tentar interferir nas eleições presidenciais norte-americanas", afirmou Steven Cheung, porta-voz de Donald Trump, numa mensagem na rede social X.

"Sejamos muito claros: a União Europeia é inimiga da liberdade de expressão e não tem qualquer autoridade para ditar a forma como fazemos campanha", sublinhou.

Cheung culpou o Presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, por "uma organização estrangeira não democrática se sentir suficientemente encorajada para dizer" ao país "o que fazer".

Ainda de acordo com o porta-voz, as autoridades da UE sabem que, se Trump ganhar em novembro, "os Estados Unidos não se vão deixar enganar porque vão usar as tarifas de forma inteligente e renegociar os acordos comerciais para colocar os Estados Unidos em primeiro lugar".

Na carta enviada a Musk, Breton lembrou o empresário que, tendo em conta a entrevista com Trump realizada na segunda-feira à noite, não está isento de cumprir a lei.

"Estamos a monitorizar os riscos potenciais na União Europeia associados à disseminação de conteúdos que podem incitar à violência, ao ódio e ao racismo em conjunto com grandes eventos políticos e sociais em todo o mundo, incluindo debates e entrevistas eleitorais", disse Breton.

Desde que a nova lei dos serviços digitais entrou em vigor, no verão passado, Bruxelas abriu inquéritos sobre a difusão de conteúdos ilegais pela X na UE e sobre a eficácia das medidas que estão a ser tomadas para travar a desinformação.

De acordo com Breton, "quaisquer efeitos negativos" na UE que possam ser atribuídos a uma violação da legislação comunitária por parte da X serão relevantes no processo de Bruxelas contra a rede social, que poderá culminar em multas de até 6% do volume de negócios anual global da plataforma.

Na conversa com Trump, Musk considerou que há "muitas tentativas de censura, incluindo aos norte-americanos, por parte de outros países", enquanto o ex-presidente conservador sublinhou que a UE "se aproveita" dos EUA.

"Eu conheço muito bem a União Europeia. Eles tiram muitas vantagens comerciais dos Estados Unidos (...) se fizermos um carro nos Estados Unidos, não o podemos vender lá. A UE parece ótima, mas deixem-me dizer que, embora não seja tão dura como a China, é má. É provavelmente por isso que foi notificado", disse ao proprietário do X.

Ainda esta segunda-feira, a menos de três meses das eleições presidenciais de 05 de novembro, Trump voltou a publicar na rede social detida por Musk e assinalou o regresso com várias mensagens eleitorais.

A última mensagem datava de 08 de janeiro de 2021. A rede social decidiu suspender a conta de Trump naquele mês, na sequência da tensão política decorrente da eleição presidencial de 2020 e do ataque ao Capitólio por apoiantes do Republicano.

Leia Também: Campanha de Donald Trump acusa União Europeia de ingerência

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