Amos Hochstein confirmou, durante uma reunião com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, em Beirute, que será procurada uma solução diplomática para a guerra de Gaza "durante as reuniões de Doha que começam amanhã [quinta-feira] e que se prolongarão por vários dias", segundo um comunicado do governo libanês.
Uma fonte egípcia também confirmou à agência Efe que a reunião será realizada na capital do Qatar, embora inicialmente os países mediadores também estivessem a considerar o Cairo como cidade anfitriã.
Na semana passada, o Qatar, os Estados Unidos e o Egito apelaram a Israel e ao movimento islamita palestiniano Hamas para que retomassem as negociações para uma trégua em Gaza a 15 de agosto, apelando a que se chegue a um acordo sem mais demoras.
O Hamas já garantiu que não participará na reunião e pede para aplicar o que já foi acordado, com base no roteiro de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, embora os porta-vozes dos EUA tenham assegurado que o Qatar está a trabalhar para garantir que o grupo islamita esteja representado na reunião.
Hochstein afirmou hoje em Beirute que um pacto de cessar-fogo na Faixa de Gaza poderia também ajudar a evitar uma guerra regional, bem como pôr fim ao conflito paralelo entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.
O Médio Oriente tem estado em alerta para uma potencial escalada regional desde os assassínios, há duas semanas, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e do principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, na capital libanesa.
Nem a formação libanesa nem o seu aliado Teerão responderam ainda aos ataques, atribuídos ao Estado judaico, e espera-se que um pacto sobre Gaza poderia, pelo menos, travar a resposta iraniana.
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