EUA instam Israel a investigar uso de palestinianos como escudos humanos

Os Estados Unidos consideraram hoje inquietantes as informações difundidas pelos media israelitas de que o exército utiliza palestinianos como escudos humanos durante as suas operações militares na Faixa de Gaza, instando as autoridades a investigar estas acusações.

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© Getty Images

Lusa
14/08/2024 21:17 ‧ 14/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Instamos Israel a investigar de forma imediata e transparente estas acusações e a responsabilizar os possíveis autores", assinalou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Patel, numa conferência de imprensa.

 

Israel "tem responsabilidade de cumprir com as suas obrigações face ao Direito Internacional", disse.

"Também quero sublinhar que neste momento são só informações razão por que encorajamos Israel a investigá-lo", acrescentou.

Segundo publicou na véspera o diário israelita Haaretz, o exército israelita utiliza palestinianos para revistar túneis e edifícios durante as suas operações na Faixa de Gaza.

"É melhor que sejam eles a explorá-los e não os soldados", foi a justificação que os militares israelitas receberam dos seus altos comandantes.

"Disseram que as nossas vidas são mais importantes que as deles e que, no fim de contas, é melhor para os nossos soldados estarem vivos do que serem atingidos por um engenho explosivo", afirmaram alguns dos soldados entrevistados pelo diário israelita que é um dos mais lidos.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Segundo o exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou perto de 40 mil na maioria mulheres e crianças, cerca de 92.000 feridos e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Incursão na fronteira de Gaza com Egito? Exército israelita diz-se pronto

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