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Pelo menos 52 passageiros morrem afogados no oeste do Níger

Pelo menos 52 passageiros de dois veículos de transporte público morreram afogados no oeste do Níger, que tem registado fortes chuvas e inundações desde junho, noticiaram os meios de comunicações estatais.

Pelo menos 52 passageiros morrem afogados no oeste do Níger
Notícias ao Minuto

07:15 - 15/08/24 por Lusa

Mundo Níger

A Agência Nigerina de Imprensa (ANP) informou na quarta-feira que o acidente ocorreu na região desértica de Tahoua, a 70 quilómetros da localidade com o mesmo nome, na estrada de ligação ao departamento de Tillia.

 

"Dois veículos que transportavam muitos passageiros para o mercado da cidade de Tlemcess ficaram presos num curso de água antes de serem surpreendidos por uma forte corrente que os levou", disse à agência de notícias France-Presse uma fonte local.

"As buscas continuam (...) a polícia e a Guarda Nacional estão a trabalhar arduamente", avançou a ANP, especificando que as vítimas eram comerciantes do Níger e da vizinha Nigéria.

A agência admitiu que "o número provisório indica 52 mortos e vários desaparecidos", no acidente, na madrugada de quarta-feira.

No sábado, a ministra da Ação Humanitária e da Gestão das Catástrofes, Aïssa Lawan Wandarma, disse que pelo menos 94 pessoas morreram, 93 ficaram feridas e mais de 137 mil foram afetadas pelas inundações desde junho.

As oito regiões do país foram atingidas, particularmente as de Maradi (centro-sul), Zinder (centro-leste) e Tahoua (oeste).

De acordo com a ministra, foram destruídas mais de 15 mil casas e cerca de 40 salas de aula e dizimadas "15.472 cabeças de gado", num país onde a criação de gado é um dos pilares da economia.

O ministro dos Transportes, coronel Salissou Mahaman Salissou, declarou no sábado que estradas e pontes foram cortadas pelas águas, incluindo na zona desértica de Agadez, no norte do país.

Um relatório do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA), divulgado a 15 de julho, previa que mais de 247 mil pessoas podem ser afetadas antes do final da estação das chuvas, em setembro.

De acordo com o OCHA, este fenómeno foi "exacerbado pelas alterações climáticas" neste país desértico do Sahel.

O serviço meteorológico prevê fortes chuvas para agosto, o "mês mais chuvoso" no Níger, onde a estação das chuvas, que decorre de junho a setembro, faz regularmente vítimas mortais.

Em 2022, 195 pessoas morreram e mais de 400 mil foram afetadas.

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