Hamas diz que cessar-fogo em Gaza implica retirada de forças israelitas

O movimento islamista radical palestiniano Hamas, que governa a Faixa de Gaza, reafirmou hoje que um cessar-fogo no território em guerra teria de ser acompanhado da "retirada completa" das forças israelitas.

Notícia

© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
15/08/2024 23:47 ‧ 15/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Qualquer acordo deverá conduzir a um cessar-fogo global, a uma retirada completa (de Israel) de Gaza e ao regresso das pessoas deslocadas", declarou, citado por agências internacionais, o dirigente do Hamas Hossam Badran em Doha, capital do Qatar, onde foram retomadas negociações para tentar alcançar uma trégua no conflito na Faixa de Gaza entre o Hamas e o exército israelita.

 

Os participantes nas negociações, que se realizam a pedido dos mediadores, Qatar, Estados Unidos e Egito, não foram divulgados.

Em cima da mesa está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos na Faixa de Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos em Israel, apesar de as partes estarem em confronto há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.

A comunidade internacional está a pressionar as partes para que cheguem a um acordo de cessar-fogo, com o objetivo também de diminuir as tensões no Médio Oriente, agravadas pela morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh, num atentado em Teerão - que o Irão e o movimento palestiniano atribuíram a Israel -, e pelo ataque israelita em Beirute que matou o "número dois" da milícia xiita Hezbollah, Fuad Shukr.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

As negociações em Doha foram retomadas no dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Leia Também: Número de mortos em Gaza ultrapassa os 40 mil

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas