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Pelo menos 16 mortos em ataques contra posições paramilitares no Sudão

Pelo menos 16 pessoas morreram nos bombardeamentos lançados pelo exército sudanês contra vários pontos de dois estados da região de Darfur, controlados pelo grupo Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla inglesa), anunciou hoje a entidade paramilitar.

Pelo menos 16 mortos em ataques contra posições paramilitares no Sudão
Notícias ao Minuto

20:46 - 20/08/24 por Lusa

Mundo Sudão

"O exército sudanês efetuou uma série de bombardeamentos em várias zonas de Darfur, matando e ferindo dezenas de civis e destruindo também partes do Hospital Universitário de Al-Daein", segundo um comunicado divulgado pelas RSF.

 

Na nota, referem que os bombardeamentos do exército tiveram como alvo Al-Daein, a capital do estado de Darfur Oriental, e as cidades de Al-Tauisha e Al-Fasher, no estado de Darfur Norte, sendo esta última a capital e ainda o último reduto do exército em Darfur.

O médico Adam Suleiman, do hospital Al-Daein, disse à agência de notícias EFE que os bombardeamentos atingiram fortemente aquela unidade, atingindo o edifício da equipa médica e a unidade de tratamento psiquiátrico, provocando pelo menos 12 mortes, incluindo seis trabalhadores da unidade psiquiátrica.

"Os restantes projéteis destruíram parcialmente a escola vizinha de Al-Jansa, que serve de abrigo às pessoas deslocadas", disse Suleiman, acrescentando que ainda estão a decorrer tentativas de resgate de corpos debaixo dos escombros.

Na cidade de Al-Fasher, quatro pessoas foram mortas e outras ficaram feridas por bombardeamentos do exército sudanês, disse à EFE Ahmed Hussein, um paramédico do bairro de Al-Nasr.

De acordo com Hussein, o bombardeamento teve como alvo residências e provocou a morte de quatro pessoas e oito feridos.

A mesma fonte acrescentou que ficaram destruídas várias casas localizadas nas proximidades do centro de saúde no bairro de Al-Nasr.

Alguns ativistas fizeram circular nas redes sociais vídeos que mostram os efeitos dos bombardeamentos aéreos, os corpos de civis mortos e as chamas que se erguem das casas de colmo na zona de Al-Tauisha, no Darfur Norte.

Este novo ataque ocorre no momento em que a Suíça acolhe um diálogo de paz, patrocinado pelos EUA, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, bem como pela ONU e pela União Africana, com a presença de paramilitares, enquanto o exército se recusa a participar e exige, em vez disso, a aplicação de um acordo alcançado em maio do ano passado na cidade saudita de Jeddah.

A guerra eclodiu em 15 de abril de 2023 devido a fortes divergências sobre o processo de integração do grupo paramilitar - agora declarado organização terrorista - nas forças armadas, situação que levou ao descarrilamento definitivo da transição iniciada em 2019 após o derrube do regime ditatorial de Omar Hassan al-Bashir.

O conflito sudanês já causou entre 30 mil e 150 mil mortos, segundo diferentes estimativas, e constitui a maior crise de deslocados do planeta. 

Leia Também: ONU saúda abertura de fronteira entre a região de Darfur e o Chade

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