Segundo foi hoje divulgado, o Dalai Lama encontrou-se com Uzra Zeya, subsecretário de Estado para a Democracia e os Direitos Humanos, responsável pelas questões tibetanas, e Kelly Razzouk, funcionária do Conselho de Segurança Nacional, um organismo dependente da Casa Branca.
Durante a reunião, Zeya "reafirmou o compromisso dos Estados Unidos em promover os direitos humanos dos tibetanos e apoiar os esforços para preservar o seu distinto património histórico, linguístico, cultural e religioso", segundo um comunicado do Departamento de Estado.
A reunião decorreu em Nova Iorque, onde o líder tibetano, de 89 anos, está a recuperar de uma cirurgia aos dois joelhos.
A China exerce um forte controlo sobre o acesso ao Tibete, uma região que considera ser sua parte inalienável, depois de ter recuperado o controlo do território, que anteriormente era em grande parte autónomo, em 1951, antes de o Dalai Lama se exilar em 1959.
Na quarta-feira, Zeya falou também do "apoio" norte-americano "ao reatamento do diálogo entre [a China] e Sua Santidade", interrompido desde 2010, segundo o comunicado.
Hoje, Pequim condenou o encontro e acusou o Dalai Lama de ser um "exilado político empenhado em atividades separatistas anti-China ao abrigo da religião".
"A China opõe-se firmemente a que qualquer país permita a visita do Dalai Lama ao seu território, sob qualquer pretexto, e a qualquer forma de encontro entre representantes do governo de um país e o Dalai Lama", afirmou Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
A mesma fonte informou que Pequim "protestou fortemente" junto de Washington.
Desde meados do século XX, o Dalai Lama é um líder político e espiritual dos tibetanos, rejeitado na China mas próximo dos Estados Unidos. Abandonou o cargo de líder político do Tibete em 2011.
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