A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou, esta quinta-feira, que Bruxelas "está ao lado de Portugal" contra o incêndio florestal que arde há mais de uma semana na Madeira.
"A UE [União Europeia] está ao lado de Portugal na luta contra um incêndio florestal na Madeira. Dois aviões de combate a incêndios rescEU provenientes de Espanha acabam de chegar à Madeira", escreveu na rede social X (antigo Twitter), mostrando imagens das aeronaves.
"O sistema de satélites de emergência Copernicus foi também ativado para a cartografia rápida dos incêndios. É a Solidariedade UE em ação", acrescentou.
The EU stands with Portugal as it battles a wildfire in Madeira.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 22, 2024
Two #rescEU firefighting planes from Spain have just arrived in Madeira.
The Copernicus emergency satellite system has also been activated for rapid fire mapping.
This is #EUSolidarity in action. pic.twitter.com/UPI6xv2WC4
Note-se que, em comunicado, a Comissão Europeia já tinha anunciado estar disponível para mobilizar recursos adicionais para auxiliar no combate ao incêndio na Madeira perante as "condições difíceis".
O executivo da União Europeia afirmou que está a "acompanhar de perto a situação" e que está "preparada para enviar recursos adicionais, se necessário".
Esta manhã, foi anunciado que os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à UE, no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam hoje à Madeira.
Ao todo, a reserva estratégica da UE para a época de incêndios é composta por 28 aviões e quatro helicópteros colocados em 10 Estados-membros, havendo ainda mais de 560 bombeiros de 12 países foram pré-posicionados em toda a Europa.
O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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