Citada pela agência noticiosa estatal CNA, a diplomacia da ilha recordou que o Presidente paraguaio, Santiago Peña, expressou repetida e publicamente o seu compromisso com Taiwan, o que demonstra que o seu apoio à ilha é inquestionável.
"O Paraguai é um aliado sólido de Taiwan na América do Sul. O governo continuará a colaborar e a promover intercâmbios com o Paraguai em vários domínios, com base nas relações já estreitas e amigáveis, a fim de criar o maior bem-estar possível para os povos de ambas as nações", afirmou a diplomacia de Taiwan.
Quanto ao possível acordo comercial entre a China e o Mercosul, Taiwan salientou que, dada a "prática habitual" de Pequim de utilizar "meios injustos para 'despejar' [os seus bens] noutros países", os Estados membros do bloco "avaliarão cuidadosamente as relações económicas e comerciais com a China".
O Executivo da ilha também valorizou a posição do Presidente paraguaio sobre esta questão, que declarou que o acordo entre a China e o Mercosul deve ser "tratado coletivamente pela organização e não por um único país" e que "não deve comprometer a amizade entre Taiwan e o Paraguai".
As declarações do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan surgiram depois de o Governo chinês ter instado o Paraguai a "colocar-se do lado certo da História" e a tomar decisões que reflitam os interesses fundamentais e a longo prazo do país sul-americano, aludindo ao corte de relações diplomáticas com Taipé para as estabelecer com Pequim.
Após a suspensão das relações oficiais com a ilha de Nauru, a 15 de janeiro, Taiwan mantém o apoio diplomático de 12 Estados: sete da América Latina e Caraíbas, três da Oceânia, um de África (Essuatíni, antiga Suazilândia) e um da Europa (Cidade do Vaticano).
O Paraguai estabeleceu relações com a República da China (nome oficial de Taiwan) em julho de 1957 e é atualmente o único país sul-americano que mantém laços oficiais com Taipé.
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