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Promessas, guerras, impostos, aborto e até Trump. O discurso de Kamala

Kamala Harris discursou para milhões de norte-americanos e aceitou a sua nomeação para candidata presidencial democrata.

Promessas, guerras, impostos, aborto e até Trump. O discurso de Kamala
Notícias ao Minuto

08:37 - 23/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo EUA

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, aceitou a nomeação para candidata democrata às eleições presidenciais do país, que decorrerão em novembro, e fez um discurso histórico, no qual se comprometeu a ser "presidente para todos os americanos", com promessas para baixar os impostos e restaurar o direito ao aborto. E, claro, não faltaram as críticas ao seu adversário, o republicano Donald Trump.

 

Após subir ao palco da Convenção Nacional Democrata, em Chicago, Harris prometeu ser "uma presidente para todos os americanos", que "lidera e que ouve, que é realista, prática e tem senso comum" e que "luta sempre pelo povo americano, do tribunal até à Casa Branca".

Um mês após a desistência de Joe Biden, que abriu caminho para a sua nomeação, Kamala Harris dirigiu-se a milhões de norte-americanos para dizer que a nação tem aqui "uma oportunidade preciosa e fugaz de ultrapassar a amargura, cinismo e batalhas divisórias do passado"

É uma oportunidade, defendeu, de construir um novo caminho "não como membros de qualquer partido ou fação, mas como americanos". 

Seguiram-se críticas ao ex-presidente e seu adversário nas próximas eleições, Donald Trump, lembrando "o caos e a calamidade" de quando o republicano estava na Casa Branca e a "gravidade do que aconteceu desde que ele perdeu a última eleição", nomeadamente o assalto ao Capitólio, que provocou várias mortes. 

"De muitas formas, Donald Trump não é um homem sério. Mas as consequências de pôr Donald Trump de volta na Casa Branca são extremamente sérias", atirou.

A ex-procuradora também mencionou os outros casos em que Donald Trump foi considerado culpado, desde abuso sexual a fraude e interferência eleitoral em Nova Iorque. 

"Considerem o que ele quer fazer se lhe dermos poder outra vez", disse. "Considerem a intenção explícita de libertar os extremistas violentos que bateram nos polícias do Capitólio".

"Considerem a intenção de mandar para a cadeia jornalistas, oponentes políticos e todos os que vê como inimigos. Considerem o poder que ele terá, em especial depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ter decidido que ele é imune de acusações criminais", continuou. 

Harris alerta para consequências de deixar Trump voltar à Casa Branca

Harris alerta para consequências de deixar Trump voltar à Casa Branca

A candidata presidencial democrata Kamala Harris alertou para o perigo de deixar Donald Trump regressar ao poder nos Estados Unidos, durante o seu discurso de consagração na convenção nacional democrata, em Chicago. 

Lusa | 07:11 - 23/08/2024

Sobre as políticas para o país, a democrata apresentou o plano económico e social se for eleita, incluindo um corte de impostos para a classe média e a restauração do direito ao aborto. 

"Vou criar uma economia de oportunidades onde toda a gente tem a chance de competir e ter sucesso, quer viva numa pequena aldeia ou grande cidade", afirmou, acrescentando que será aprovado "um corte de impostos para a classe média que vai beneficiar 100 milhões de americanos".

Estão loucos. Porque é que não confiam nas mulheres

Kamala Harris garantiu também "acabar com a escassez de habitação na América" e proteger os benefícios da Segurança Social e Medicare.

Ao nível de políticas de saúde e sociais, o foco de Harris esteve na restauração dos direitos reprodutivos, após a revogação do direito federal ao aborto pelo Supremo Tribunal, e a proteção de outros direitos ameaçados, como acesso a contracetivos e a inseminação artificial. 

A democrata avisou que Donald Trump, responsável pela nomeação dos juízes que revogaram a lei que garantia o acesso ao aborto, ainda não está satisfeito. "Como parte da sua agenda, ele e os seus aliados vão limitar o acesso a contracetivos, banir medicação abortiva e instaurar uma proibição nacional do aborto", avisou.

"Estão loucos. Porque é que não confiam nas mulheres?", questionou. "Confiamos nas mulheres. Quando o Congresso aprovar uma lei para restaurar a liberdade reprodutiva, como presidente irei orgulhosamente promulgá-la", disse. 

Harris promete corte de impostos para classe média e direito ao aborto

Harris promete corte de impostos para classe média e direito ao aborto

A candidata democrata à presidência dos EUA Kamala Harris apresentou o plano económico e social se for eleita, incluindo um corte de impostos para a classe média e a restauração do direito ao aborto. 

Lusa | 07:09 - 23/08/2024

Já sobre políticas internacionais, a candidata presidencial prometeu defender Israel e Ucrânia, apoiar os aliados e membros da NATO e garantir que os Estados Unidos têm o maior poder militar do mundo.

"No que respeita à guerra em Gaza, o presidente Biden e eu estamos a trabalhar sem parar, porque agora é o momento para conseguir um acordo para libertar os reféns e um cessar-fogo", afirmou a candidata democrata.

"Deixem-me ser clara: vou sempre defender o direito de Israel de se defender a si própria e vou garantir que tem a capacidade de o fazer, porque o povo de Israel nunca mais deverá ter de enfrentar o horror que uma organização terrorista chamada Hamas causou a 7 de outubro", afirmou, lamentando, contudo, a situação na Faixa de Gaza.

"Tantas vidas inocentes perdidas, pessoas desesperadas e esfomeadas a fugirem sem parar", descreveu. "A dimensão do sofrimento é de partir o coração", continuou. 

Prometeu também "defender a Ucrânia" e os "aliados da NATO" e lembrou que Trump ameaçou abandonar a aliança transatlântica, "encorajando Putin" a invadir quem quisesse. 

Sublinhe-se que as eleições norte-americanas realizam-se a 5 de novembro e terá como candidatos democratas Kamala Harris para presidente e Tim Walz para vice-presidente. Já do lado republicano, Donald Trump é o candidato a presidente e JD Vance a vice-presidente. 

Leia Também: Harris promete defender Israel e Ucrânia e reforçar poder militar dos EUA

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