Em comunicado, a guarda costeira refere que foram disparados tiros, primeiro para o ar e depois contra o motor da lancha, "para evitar a ameaça direta ao barco-patrulha e à sua tripulação", após o timoneiro ter abalroado o barco-patrulha na tentativa de escapar.
Quando a lancha parou, um passageiro foi encontrado morto, "provavelmente por uma bala".
As restantes 13 pessoas na lancha, cinco crianças, sete homens e uma mulher, saíram ilesas e foram levadas para a ilha de Symi, no sudeste do Mar Egeu.
O passageiro morto foi identificado como um homem de 39 anos, mas a sua nacionalidade não foi confirmada.
O comunicado da guarda-costeira explica que o incidente correu após o timoneiro da lancha de tráfico ter ignorado várias ordens para parar e ter realizado "repetidamente manobras extremamente perigosas, abalroando o barco-patrulha".
Dois dos homens que seguiam na lancha foram detidos por suspeita de pertencerem a um grupo de tráfico de migrantes.
Milhares de migrantes tentam todos os anos chegar às ilhas gregas vindos do leste do Mar Egeu, em pequenos barcos, na maioria dos casos pagando a redes de contrabando para os transportar.
A Grécia tem sido bastante criticada pelas organizações de defesa dos direitos humanos pelo tratamento dado aos migrantes que tentam chegar à sua costa. Em junho, desmentiu um a notícia da BBC que acusava a sua guarda-costeira de práticas brutais que teriam resultado na morte de dezenas de migrantes.
Segundo dados da agência das Nações Unidas para os refugiados, quase 30 mil migrantes chegaram este ano ilegalmente à Grécia, oriundos da Turquia e, cada vez mais, da Líbia e do norte de África.
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