Mais de 280 funcionários humanitários morreram este ano na guerra

Um total de 281 funcionários humanitários morreu desde janeiro em contextos de guerra, um número nunca antes registado anteriormente, disseram hoje as Nações Unidas. 

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Lusa
22/11/2024 12:47 ‧ 22/11/2024 por Lusa

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Guerra

"Este número ultrapassa todos os registos anteriores", afirmou o porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), Jens Laerke.

 

 A guerra em Gaza é um dos principais fatores que provocou o aumento do número de mortos, mas o conflito no Líbano faz recear um agravamento até ao final do ano.

Em 2023, um total de 280 trabalhadores humanitários perderam a vida no cumprimento das funções em 33 países.

Desde o início da guerra em Gaza, a 7 de outubro do ano passado, um total de 333 trabalhadores humanitários foram mortos: mais de dez desde o início do mês de novembro.

A maioria eram funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), mas há também dezenas de trabalhadores humanitários que pertenciam a outras agências da ONU, ao Crescente Vermelho Palestiniano, incluindo voluntários, e membros de várias organizações não-governamentais.

De acordo com uma base de dados que compila estas informações desde 1997, as causas mais comuns de morte foram os bombardeamentos aéreos (de aviões, helicópteros ou drones), os disparos de peças de artilharia terrestre e o uso de outros tipos de armas como as granadas.

"Esta violência é inaceitável e devastadora para as operações de ajuda humanitária. Os Estados e as partes em conflito têm de proteger os trabalhadores humanitários, respeitar o direito internacional, processar (judicialmente) os responsáveis e pôr fim a esta impunidade", disse o OCHA.

"Não há tantos processos judiciais como deveria haver. É uma questão de justiça. O elevado número de mortes dos nossos colegas é inaceitável", acrescentou Laerke hoje numa conferência de imprensa nas instalações da ONU em Genebra.

Leia Também: Ocidente compreendeu a mensagem do novo míssil russo, diz Moscovo

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