Israel declara "estado de emergência" militar após ataques no Líbano

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou hoje estado de emergência militar, depois de lançar bombardeamentos no Líbano para impedir um ataque em grande escala do grupo xiita Hezbollah.

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© Israeli Defense Minister/Anadolu via Getty Images

Lusa
25/08/2024 06:31 ‧ 25/08/2024 por Lusa

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Em comunicado, o Ministério da Defesa afirmou que Gallant ativou uma "situação especial na frente interna" e acrescentou que a "declaração de estado de emergência permite ao exército dar instruções aos cidadãos de Israel, tal como limitar as reuniões e encerrar locais".

 

O ministro falou também com o homólogo norte-americano, Lloyd Austin, confirmando que Israel lançou "ataques de precisão" contra o Líbano para impedir uma ameaça iminente ao país.

Nas primeiras horas de hoje, o exército israelita disse ter detetado preparativos do Hezbollah para disparar mísseis e foguetes contra o território israelita. Em resposta, a força aérea israelita lançou bombardeamentos contra "alvos terroristas no Líbano".

Pouco depois, as autoridades anunciaram restrições em todo o território a norte de Telavive, limitando reuniões a 30 pessoas no exterior e a 300 no interior, além de estabelecerem a proibição de tomar banho em praias próximas da fronteira.

Os escritórios e os estabelecimentos de ensino podem continuar a funcionar desde que disponham de um abrigo anti-bombas nas proximidades.

O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, está a dirigir as operações ofensivas e defensivas a partir da base militar de Kirya, em Telavive, juntamente com os principais dirigentes das forças armadas, escreveu a agência de notícias Efe.

Desde o anúncio, as sirenes antiaéreas têm sido ativadas continuamente na zona israelita que faz fronteira com o Líbano, acrescentou a agência.

O serviço de emergência israelita Magen David Adom elevou "o seu estado de alerta para o nível mais elevado em todo o país", embora até à data não tenha recebido qualquer informação sobre vítimas.

O Hezbollah juntou-se ao grupo islamita palestiniano Hamas na guerra contra Israel em outubro passado e, desde então, a violência na fronteira israelo-libanesa registou a pior escalada desde a guerra de 2006.

Além disso, o Hezbollah, aliado do Irão, prometeu levar a cabo um ataque em grande escala contra Israel, na sequência da morte de um destacado comandante num bombardeamento israelita nos arredores de Beirute, em 30 de julho.

Desde outubro, a troca de tiros ao longo da fronteira custou a vida a pelo menos 636 pessoas, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 392 baixas.

No total, pelo menos 586 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo pelo menos 124 civis, enquanto em Israel foram mortas 49 pessoas no norte do território: 23 militares e 26 civis, incluindo 12 menores no ataque à cidade de Majdal Shams, nos Montes Golã ocupados.

Leia Também: EUA avisam que ataques hutis podem causar catástrofe ambiental

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