Bolivia felicita Maduro após validação de resultados eleitorais

A Bolívia felicitou hoje o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e disse respeitar a "decisão soberana" do Supremo Tribunal de Justiça, que validou a sua vitória nas últimas eleições, rejeitando "qualquer tentativa de interferência" nos assuntos internos da Venezuela.

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© Jesus Vargas/Getty Images

Lusa
25/08/2024 16:39 ‧ 25/08/2024 por Lusa

Mundo

Venezuela

"A Bolívia defende o princípio da autodeterminação do povo e do respeito pela soberania. Nesse sentido, rejeita qualquer tentativa de interferir na política dos nossos países e apoia as instituições democráticas da República Bolivariana da Venezuela", escreveu o Presidente boliviano, Luis Arce, na rede X.

 

Da mesma forma, o ministro dos Negócios Estrangeiros boliviano, referiu também no X que a Bolívia saúda e respeita a "decisão soberana" do Supremo da Venezuela, que ratificou Maduro como vencedor nas eleições realizadas em 28 de julho, apesar das denúncias de fraude declaradas pela oposição.

Na Bolívia, o ex-Presidente Evo Morales (2006-2009) também se pronunciou há dias, felicitando Maduro e salientando que o tribunal decidiu de forma "clara, definitiva e inapelável".

Por sua vez, o ex-Presidente Jorge "Tuto" Quiroga (2001-2002) descreveu a decisão como um "golpe de togas contra a soberania popular na Venezuela".

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal validou os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Maduro como vencedor para um terceiro mandato consecutivo de seis anos no poder.

A validação dos resultados foi qualificada como fraude pela oposição, que insiste na vitória do candidato Edmundo González Urrutia.

Vários governos da região, como a Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai manifestaram a sua posição de não endossar a posição da Justiça venezuelana sobre as eleições presidenciais.

Estes países questionaram a decisão do tribunal venezuelano, sobre o qual alertaram para a sua "falta de independência e imparcialidade".

Leia Também: Ratificação da reeleição de Maduro encarada como "golpe de Estado"

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