"A Bolívia defende o princípio da autodeterminação do povo e do respeito pela soberania. Nesse sentido, rejeita qualquer tentativa de interferir na política dos nossos países e apoia as instituições democráticas da República Bolivariana da Venezuela", escreveu o Presidente boliviano, Luis Arce, na rede X.
Da mesma forma, o ministro dos Negócios Estrangeiros boliviano, referiu também no X que a Bolívia saúda e respeita a "decisão soberana" do Supremo da Venezuela, que ratificou Maduro como vencedor nas eleições realizadas em 28 de julho, apesar das denúncias de fraude declaradas pela oposição.
Na Bolívia, o ex-Presidente Evo Morales (2006-2009) também se pronunciou há dias, felicitando Maduro e salientando que o tribunal decidiu de forma "clara, definitiva e inapelável".
Por sua vez, o ex-Presidente Jorge "Tuto" Quiroga (2001-2002) descreveu a decisão como um "golpe de togas contra a soberania popular na Venezuela".
Na quinta-feira, o Supremo Tribunal validou os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou Maduro como vencedor para um terceiro mandato consecutivo de seis anos no poder.
A validação dos resultados foi qualificada como fraude pela oposição, que insiste na vitória do candidato Edmundo González Urrutia.
Vários governos da região, como a Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai manifestaram a sua posição de não endossar a posição da Justiça venezuelana sobre as eleições presidenciais.
Estes países questionaram a decisão do tribunal venezuelano, sobre o qual alertaram para a sua "falta de independência e imparcialidade".
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