Uma menina de 13 anos que foi baleada num tiroteio entre a Polícia Militar e traficantes, no estado brasileiro do Rio de Janeiro, deverá deixar o hospital Hospital Municipal Souza Aguiar ao fim de mais de 70 dias de internamento e duas cirurgias.
O incidente ocorreu na noite de 13 de junho, depois de Ana Beatriz ter saído de uma aula de balé. A criança, que voltava para casa com uma tia e uma prima, foi apanhada no fogo cruzado entre as autoridades e traficantes, na Ilha do Governador.
"Pela quantidade de lesões apresentadas, tudo indica ter sido um fuzil. Perdeu o baço, perdeu o rim esquerdo, parte do intestino grosso, parte do estômago e a base do pulmão", contou o chefe de cirurgia pediátrica Edmo Dutra Franco ao g1.
O profissional de saúde, que considerou que a sobrevivência da menina foi "um milagre", adiantou que Ana Beatriz poderá ir para casa "no máximo até segunda-feira", ao fim de um internamento de mais de 70 dias.
"Estou aqui depois de tudo o que aconteceu; estar aqui é um verdadeiro milagre. Tudo passa, se acreditarmos", disse a menor, entre lágrimas.
Para passar o tempo, a menina fez pulseiras e terços de missangas, que passou a vender conforme os pedidos recebidos nas redes sociais.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro indicou que o caso está a ser investigado, por forma a apurar quem disparou o tiro que atingiu Ana Beatriz.
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