Médio Oriente: Petroleiro atingido pelos huthis continua em chamas
A Missão Naval da União Europeia no Mar Vermelho (EUNAVFOR) informou hoje que o petroleiro atacado na semana passada pelos rebeldes xiitas huthis na costa do Iémen continua em chamas, embora sem sinais de derrame de petróleo.
© Reuters
Mundo Huthis
"Todas as embarcações na área devem tomar precauções extremas, pois o 'Mv Sounion' representa um perigo iminente tanto para a navegação como para o ambiente", avisou a missão, numa mensagem publicada na rede social X.
De acordo com a missão, existem pelo menos cinco focos ativos no convés principal do petroleiro.
A EUNAVFOR recordou que este tipo de ataques dos huthis "não representam apenas uma ameaça à liberdade de navegação, mas também à vida dos marinheiros, ao ambiente e, consequentemente, à vida de todos os cidadãos" da região.
O navio - que permanece ancorado no mesmo ponto do ataque e tem bandeira grega - foi atingido quando transitava pelo Mar Vermelho, segundo o porta-voz das operações militares dos huthis, Yahya Sari, em declarações feitas na sexta-feira.
Os Estados Unidos alertaram para o risco de um derrame de um milhão de barris de crude no Mar Vermelho, uma quantidade quatro vezes superior à catástrofe do Exxon Valdez, em 1989, naquela que foi uma das mais graves tragédias ambientais dos últimos 50 anos, quando aquele navio-tanque derramou 37.000 toneladas de petróleo bruto a oeste do Alasca.
Os huthis - que controlam a capital do Iémen, Saná, e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015 - lançaram vários ataques contra Israel e contra navios com algum tipo de ligação a Telavive, na sequência da guerra em curso na Faixa de Gaza entre as forças israelitas e o grupo islamita palestiniano Hamas.
As ações dos rebeldes começaram em novembro em defesa dos palestinianos na Faixa de Gaza e com o objetivo de prejudicar economicamente Israel, o que obrigou as grandes companhias de navegação a desviar a sua rota e evitar esta importante via marítima comercial.
Os rebeldes huthis do Iémen integram o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e o libanês Hezbollah.
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