Os militares disseram que Qaid Farhan Alkadi, um árabe com cidadania israelita de 52 anos, foi resgatado "numa operação complexa no sul da Faixa de Gaza".
"O seu estado de saúde é estável e está a ser transferido para o hospital para novos exames médicos", disse o exército israelita, que já informou a família de Alkadi sobre o resgate.
De acordo com o exército, o resgate aconteceu com a cooperação do Shin Bet (os serviços de informação israelitas).
Today, the IDF and ISA rescued the hostage Qaid Farhan Alkadi, aged 52, from Rahat, who was abducted by the Hamas terrorist organization into Gaza on October 7.
— Israel Defense Forces (@IDF) August 27, 2024
He is in a stable medical condition and is being transferred for medical checks at a hospital. His family has been… pic.twitter.com/lGBKa3aaaO
Alkadi é natural Rahat, uma cidade beduína no deserto de Negev.
Militantes liderados pelo Hamas sequestraram cerca de 250 pessoas no ataque ao território israelita em 07 de outubro, no qual foram mortas cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), o Hamas ainda mantém cerca de 110 reféns e acredita-se que cerca de um terço desses estejam mortos. Cerca de metade dos sequestrados foram libertados em novembro passado, durante um cessar-fogo, numa troca por palestinianos detidos por Israel.
Israel resgatou até agora um total de oito reféns, em duas operações em que mataram dezenas de palestinianos. O Hamas afirma que vários reféns foram mortos em ataques aéreos israelitas e em tentativas de resgate falhadas.
Os Estados Unidos, o Egito e o Qatar estão há meses a negociar um acordo para que os restantes reféns israelitas sejam libertados em troca de um cessar-fogo duradouro.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem enfrentado intensas críticas por parte das famílias dos reféns e de grande parte do público israelita por ainda não ter chegado a acordo com o Hamas para trazer os sequestrados de volta a casa.
Após o ataque de 07 de outubro, os israelitas lançaram uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que já provocou mais de 40 mil mortos, na sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do enclave, governado pelo Hamas.
[Notícia atualizada às 14h31]
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