"Trabalhamos incansavelmente para trazer de volta todos os sequestrados. Fazemo-lo de duas formas: através de negociações e operações de libertação. Ambas as formas exigem a nossa presença militar no terreno e uma pressão incessante sobre o Hamas", declarou o chefe do Governo israelita, deixando a promessa: "Continuaremos a agir deste modo até os trazermos todos de volta para casa".
O Exército israelita resgatou hoje o refém Kaid Farhan al-Qadi, um beduíno de 52 anos, no sul da Faixa de Gaza, onde estava mantido em cativeiro pelo Hamas desde o ataque que o grupo palestiniano realizou no sul de Israel em 7 de outubro do ano passado.
Após o resgate, Netanyahu telefonou a al-Qadi e disse-lhe que todo o povo israelita está entusiasmado com a sua libertação, segundo um comunicado do gabinete do governante.
O principal porta-voz das Forças Armadas, Daniel Hagari, descreveu que os comandos israelitas resgataram al-Qadi num túnel subterrâneo, após relatórios precisos dos serviços de informação, mas não forneceu mais detalhes.
Segundo fontes palestinianas, o homem foi resgatado na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde as forças israelitas operam no terreno desde o início de maio.
O jornal israelita Haaretz afirma que o homem conseguiu escapar do cativeiro num dos túneis do Hamas antes de ser resgatado pelos militares.
Israel e o Hamas chegaram a uma trégua que durou uma semana no final de novembro e que incluiu a libertação de 105 reféns em troca de 240 palestinianos presos nas cadeias israelitas.
Dos 251 sequestrados no ataque do Hamas em 7 de outubro, 104 permanecem no enclave, embora 34 sejam mortos confirmados, de acordo com números apontados pela agência espanhola EFE.
O Fórum das Famílias de Reféns, a principal plataforma que representa os familiares dos raptados pelo Hamas, celebrou o resgate, mas deixou claro que os restantes reféns precisam de um acordo de cessar-fogo no atual conflito para poderem sair.
"Pedimos urgentemente à comunidade internacional que mantenha pressão sobre o Hamas para que aceite o acordo proposto", afirmou o grupo.
A atual guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que, em retaliação, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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