"Estamos a avançar no sentido de garantir quase um milhão de doses" de vacinas contra a mpox, disse o Jean Kaseya, diretor-geral do CDC África, numa reunião do Comité Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, realizada em Brazzaville.
Jean Kaseya, que apelou à transferência de tecnologia, disse que 215 mil doses de vacina já tinham sido "asseguradas" pelo fabricante dinamarquês Bavarian Nordic.
Vários países, incluindo Espanha (500 mil doses), França e Alemanha (100 mil doses cada) já prometeram enviar vacinas para os países africanos, que estão na linha da frente da epidemia.
"Estamos a dizer à Bavarian Nordic que precisamos de uma transferência de tecnologia para os fabricantes africanos" e "acreditamos que muito em breve a vacina contra o mpox será fabricada em África', acrescentou Jean Kaseya.
De acordo com Jean Kaseya, até 27 de agosto foram referenciados 22.863 casos suspeitos e 622 mortes ligadas à mpox no continente.
Quanto aos casos confirmados, o CDC África prefere não falar muito sobre eles, porque ainda existem países com uma taxa de teste inferior a 30% e também ainda há países que enfrentam uma série de desafios em termos de qualidade e transporte, acrescentou.
A OMS estima que são necessários 135 milhões de dólares (121 milhões de euros) para financiar a resposta internacional ao mpox durante os próximos seis meses.
Na terça-feira, a OMS lançou um apelo de 87,4 milhões de dólares (78,5 milhões de euros) para apoiar as suas próprias atividades de luta contra o vírus.
O ressurgimento do mpox em África, que afeta a República Democrática do Congo e 12 outros países do continente, incluindo Burundi, Quénia, Ruanda e Uganda, e o aparecimento de uma nova variante levaram a OMS a ativar o seu nível mais elevado de alerta mundial em 14 de agosto.
Anteriormente conhecida como varíola do macaco, o mpox é uma doença viral que se propaga dos animais para os seres humanos, mas também é transmitida entre seres humanos, causando febre, dores musculares e lesões cutâneas.
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