O Departamento de Estado, liderado por Marco Rubio, divulgou hoje, em comunicado, o encerramento do Centro de Combate à Manipulação e Interferência de Informações Estrangeiras (R/FIMI) para "preservar e proteger a liberdade dos americanos de exercerem a sua liberdade de expressão".
O Global Engagement Centre, como era anteriormente denominado, foi criado em 2016, durante o mandato de Barack Obama (2009-2017), para combater a propaganda terrorista.
As suas funções foram posteriormente expandidas para combater a desinformação dos rivais dos EUA, como a Rússia, a China e o Irão.
"A liberdade de expressão e de opinião é a base do que significa ser cidadão americano. Durante séculos, os Estados Unidos serviram de farol de esperança para milhões de pessoas em todo o mundo. Na última década, porém, indivíduos nos Estados Unidos foram caluniados, demitidos, acusados e até presos simplesmente por expressarem as suas opiniões", pode ler-se, na nota de Marco Rubio.
A diplomacia norte-americana acusou ainda a anterior administração, liderada pelo democrata Joe Biden, de gastar "aos contribuintes mais de 50 milhões de dólares por ano (...) para silenciar e censurar ativamente as vozes dos americanos que deveriam servir".
"Isto é antitético aos princípios que deveríamos defender e é inconcebível que isto estivesse a acontecer na América. Isso termina hoje. Sob a administração do Presidente Trump, trabalharemos sempre para proteger os direitos do povo americano, e este é um passo importante para continuar a cumprir este compromisso", destacou ainda.
A administração Trump afirma defender a liberdade de expressão, e o vice-presidente norte-americano, JD Vance, fez um discurso polémico em Munique, em fevereiro, acusando os países europeus de censurar as opiniões conservadoras.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado revogou centenas de vistos de estudantes estrangeiros nos Estados Unidos que se manifestaram em apoio da Palestina e que são acusados de apoiar o terrorismo.
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