Numa mensagem na rede social X, Katz negou ter proposto uma deslocação massiva da população da Cisjordânia, como resultado das mais recentes operações militares israelitas.
"Esta é uma mentira descarada, tal como a sua falsidade anterior sobre as minhas declarações sobre Gaza, das quais ele foi forçado a retratar-se", disse o ministro israelita.
Com o objetivo de negar as acusações, anexou uma mensagem divulgada na véspera nas suas redes sociais na qual defende "permitir a retirada temporária da população de um bairro para outro dentro dos campos de refugiados para evitar danos a civis".
"O Irão está a trabalhar para desestabilizar a Jordânia e estabelecer uma frente terrorista no leste contra Israel, seguindo o modelo de Gaza e do Líbano, financiando e armando terroristas e contrabandeando armas para a Jordânia e depois para a Judeia e Samaria [Cisjordânia]", explicou o chefe da diplomacia israelita.
Isto acontece depois de o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa ter dito - no âmbito da reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros, que se realizou hoje em Bruxelas - que as palavras de Katz sobre a "deslocação de residentes palestinianos" na Cisjordânia criavam um clima de maior instabilidade no conflito no Médio Oriente.
"Isto é completamente inaceitável e espero que os ministros levantem as suas vozes contra a situação em Gaza, na Cisjordânia, o tratamento dado às Nações Unidas e a forma como esta guerra está a ser conduzida de acordo ou em violação do Direito Humanitário", acrescentou Borrell.
Na véspera, o Exército israelita anunciou uma operação de grande escala lançada em várias províncias do norte da Cisjordânia, alegando a necessidade de uma "luta contra a atividade terrorista" no território.
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