"Mentira". Israel rejeita acusações da UE sobre deslocação na Cisjordânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, qualificou de "mentira descarada" as acusações do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, sobre uma eventual deslocação da população da Cisjordânia.

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© John Lamparski/Getty Images

Lusa
29/08/2024 15:55 ‧ 29/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Numa mensagem na rede social X, Katz negou ter proposto uma deslocação massiva da população da Cisjordânia, como resultado das mais recentes operações militares israelitas.

 

"Esta é uma mentira descarada, tal como a sua falsidade anterior sobre as minhas declarações sobre Gaza, das quais ele foi forçado a retratar-se", disse o ministro israelita.

Com o objetivo de negar as acusações, anexou uma mensagem divulgada na véspera nas suas redes sociais na qual defende "permitir a retirada temporária da população de um bairro para outro dentro dos campos de refugiados para evitar danos a civis".

"O Irão está a trabalhar para desestabilizar a Jordânia e estabelecer uma frente terrorista no leste contra Israel, seguindo o modelo de Gaza e do Líbano, financiando e armando terroristas e contrabandeando armas para a Jordânia e depois para a Judeia e Samaria [Cisjordânia]", explicou o chefe da diplomacia israelita.

Isto acontece depois de o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa ter dito - no âmbito da reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros, que se realizou hoje em Bruxelas - que as palavras de Katz sobre a "deslocação de residentes palestinianos" na Cisjordânia criavam um clima de maior instabilidade no conflito no Médio Oriente.

"Isto é completamente inaceitável e espero que os ministros levantem as suas vozes contra a situação em Gaza, na Cisjordânia, o tratamento dado às Nações Unidas e a forma como esta guerra está a ser conduzida de acordo ou em violação do Direito Humanitário", acrescentou Borrell.

Na véspera, o Exército israelita anunciou uma operação de grande escala lançada em várias províncias do norte da Cisjordânia, alegando a necessidade de uma "luta contra a atividade terrorista" no território.

Leia Também: ONG denuncia escalada de violência e assassínios na Cisjordânia

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