Esta decisão de naturalização faz parte de uma "estratégia plenamente assumida", relativa a "mulheres e homens" que "se esforçam por aprender a língua francesa" e que "brilham no mundo", defendeu Emmanuel Macron, numa visita à Sérvia.
O Presidente francês negou ainda ter feito "qualquer convite" a Durov, afirmando desconhecer a visita do bilionário franco-russo a França.
Pavel Dúrov foi indiciado, na quarta-feira, pela justiça francesa por crimes relacionados com a plataforma de mensagens encriptadas, ficando em liberdade mas sob estrita vigilância judicial.
O controlo judicial prevê um depósito de cinco milhões de euros, a obrigação de comparecer duas vezes por semana numa esquadra e a proibição de sair do território francês, referiu, em comunicado, a procuradora de Paris, Laure Beccuau.
Dúrov, que também tem nacionalidade francesa e dos Emirados Árabes Unidos (EAU), foi presente perante a justiça gaulesa num processo que inclui 12 acusações relacionadas com a divulgação através do Telegram -- plataforma que conta com quase mil milhões de utilizadores -- de conteúdos criminosos relacionados com tráfico de droga, pornografia infantil e burlas.
A lista de crimes inclui a cumplicidade na administração de uma plataforma 'online' para permitir transações ilícitas por parte de gangues organizados; a recusa em cooperar com as autoridades através da partilha de documentos ou informações necessárias para evitar atos ilegais; e a cumplicidade em fraudes e tráfico de droga.
O bilionário de origem russa, de 39 anos, foi detido no sábado após aterrar num avião privado no aeroporto privado de Le Bourget, perto de Paris.
Dúrov reside no Dubai, onde a plataforma Telegram tem a sua sede.
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