OMS espera que Israel e Hamas respeitem pausas acordadas para vacinação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse hoje esperar que Israel e Hamas respeitem plenamente o acordo para pausas humanitárias nos combates, permitindo realizar uma campanha urgente de vacinação contra a poliomielite em Gaza.

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Lusa
30/08/2024 12:29 ‧ 30/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 

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"Temos um acordo e esperamos que todas as partes o cumpram. As equipas estão prontas para avançar", disse o representante da OMS, Rik Peeperkorn, por teleconferência a partir de uma localização no centro de Gaza.

A primeira fase desta campanha terá início este sábado e durará três dias consecutivos, primeiro no centro da Faixa de Gaza, passando depois, nas mesmas condições, para o sul e finalmente para o norte, com a possibilidade de um dia suplementar nas zonas que não puderam ser cobertas.

As pausas humanitárias não representam um cessar-fogo e terão uma duração de oito horas por dia.

No total, serão criados 392 postos de vacinação fixos e 300 postos de vacinação móveis para chegar às famílias com problemas de mobilidade, envolvendo 2.180 profissionais de saúde e agentes comunitários formados, para os quais a OMS pediu uma segurança total.

Gaza recebeu 1,26 milhões de doses de vacina oral (duas gotas nesta primeira fase de imunização), bem como equipamento para assegurar a cadeia de frio, com o objetivo de imunizar 640.000 crianças com menos de 10 anos e atingir uma cobertura de 90% para travar o atual surto de poliomielite.

Peeperkorn referiu que, dentro de um mês, terá de ser efetuada a segunda fase desta campanha, para que as crianças recebam uma segunda dose.

Em 16 de agosto, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou o primeiro caso de poliomielite num bebé de dez meses não vacinado - o primeiro caso na Faixa de Gaza em 25 anos - cuja vida está agora em perigo depois de o corpo ter ficado paralisado.

A poliomielite é uma doença altamente infecciosa que afeta principalmente as crianças pequenas, ataca o sistema nervoso, pode levar à paralisia e, em alguns casos, à morte.

Por outro lado, o representante da OMS voltou a lamentar os entraves à capacidade da organização de transportar fornecimentos vitais para os hospitais ainda em funcionamento no enclave palestiniano.

Segundo o responsável, seis missões pediram autorização para entregar combustível e medicamentos na última semana a alguns hospitais, mas apenas duas foram aprovadas por Israel.

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