Fontes citadas pela agência noticiosa EFE indicaram que as equipas de mediação querem "chegar a um acordo sobre os detalhes práticos para poderem preencher os espaços em branco e apresentar [uma proposta] a Israel e ao Hamas novamente como um pacote único".
O documento inclui "uma grande parte" das exigências dos islamitas palestinianos do Hamas: pelo menos seis semanas de cessar-fogo; a libertação de centenas de palestinianos detidos nas prisões israelitas; o regresso das pessoas deslocadas às suas casas; mais ajuda humanitária a Gaza; o início da reconstrução, e tratamento médico no Egito para "centenas" dos seus combatentes.
As mesmas fontes notaram também a existência de "questões espinhosas" que serão adiadas, como a retirada de Israel do corredor de Filadélfia - a fronteira entre Gaza e o Egito - e do corredor de Netzarim - que separa a Faixa de Gaza de norte a sul -, algo a que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se opõe firmemente.
A proposta também não incluirá o ponto exigido pelo Hamas e especialmente pelo seu líder, Yahya Sinwar, sobre o fim da guerra, uma vez que esta é uma questão a ser resolvida na "fase final das conversações", segundo as mesmas fontes citadas.
Foi ainda acrescentado que, durante toda a semana, as conversações concentraram-se no número e nomes a incluir na troca de reféns israelitas detidos em Gaza por prisioneiros palestinianos nas prisões de Israel.
De acordo com o projeto, o Hamas libertaria inicialmente 33 reféns com mais de 50 anos ou que necessitassem de cuidados médicos, enquanto Israel libertaria "várias centenas de prisioneiros palestinianos", incluindo cerca de 150 que cumprem penas de prisão perpétua, embora Telavive esteja relutante neste ponto, segundo as fontes.
O conflito em curso na Faixa de Gaza iniciou-se em outubro do ano passado, quando os islamitas palestinianos do Hamas lançaram um ataque ao território israelita que causou cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala contra a Faixa de Gaza que, até agora, causou mais de 40.600 mortos e quase 94.000 feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades locais do enclave controlado pelo Hamas.
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