"A nossa defesa frustra uma tentativa de ataque massivo de drones sobre o território da região de Bryansk", informou o governador local Alexander Bogomaz, por volta das 01h00 (23h00 de sábado em Lisboa).
Pelo menos 26 aparelhos aéreos não tripulados, conhecidos como drones, foram "identificados e destruídos" pelo exército russo sem causar ferimentos ou danos, disse Bogomaz, na plataforma de mensagens Telegram.
Na semana passada, Bogomaz disse que o exército impediu uma tentativa de incursão de um grupo de militares ucranianos em Bryansk, região vizinha à de Kursk, que tem sido palco de uma ofensiva terrestre das forças de Kiev desde 06 de agosto.
Durante a noite, três drones que voavam em direção a Moscovo foram também neutralizados pelas forças russas, de acordo com o autarca da capital, Sergei Sobyanin.
Isto mais de uma semana depois da defesa aérea de Moscovo ter destruído 11 drones ucranianos, de acordo com as autoridades. Na altura Sobyanin descreveu o incidente como "um dos mais significativos" ataques com drones na história de Moscovo.
Durante a noite, a defesa russa abateu ainda um número não identificado de mísseis em Belgorod e Voronezh, também regiões situadas na fronteira com a Ucrânia, bem como nas zonas de Lipetsk e Ryazan.
"Os vidros de três edifícios residenciais em Belgorod foram danificados. Numa residência privada, um edifício utilitário foi completamente destruído", disse Vyacheslav Gladkov, responsável pela região de Belgorod.
Na região de Orel, também no oeste da Rússia, um drone foi neutralizado durante a noite, disse o governador Andrei Klychkov.
Na quarta-feira, dois depósitos de combustível incendiaram-se nas regiões russas de Rostov e Kirov, após ataques de drones ucranianos.
Esta ofensiva da Ucrânia surge um dia depois de cinco pessoas terem morrido em novos bombardeamentos russos na cidade ucraniana de Chasiv Yar, no leste do país.
No dia anterior, um ataque russo contra a cidade ucraniana de Kharkiv causou seis mortos, incluindo uma rapariga de 14 anos, e 97 feridos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
De acordo com estimativas das Nações Unidas, já morreram mais de 11 mil civis ucranianos no conflito. Em fevereiro, no segundo aniversário da guerra, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que tinham morrido 31 mil soldados.
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