O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, acabou o dia no Intercontinental Exchange a cotar 3,77 dólares abaixo dos 77,52 dólares com que fechou as transações na segunda-feira.
O Brent atingiu durante o dia de hoje o nível mais baixo desde dezembro de 2023, quando esteve no mínimo anual de 73,24.
O preço do petróleo caiu abaixo da barreira dos 75 dólares pela primeira vez até agora em 2024 e 'explodiu' os seus ganhos anuais, apenas uma semana depois de registar um aumento de mais de 3%.
O sentimento pessimista sobre a procura global de petróleo bruto prevaleceu sobre o declínio da produção em países como a Líbia.
A queda ocorreu depois de a China, principal importador mundial de petróleo, ter reportado o quarto mês consecutivo de quedas no setor industrial e poucos dias antes da divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos relativo a agosto, cujos dados relativos ao mês de julho geraram receios de uma possível recessão na economia dos EUA.
Esta incerteza, alimentada pelas próximas eleições presidenciais nos EUA e pelas tensões geopolíticas, afetou também os principais índices bolsistas mundiais, uma vez que as bolsas europeias fecharam esta terça-feira no vermelho e Wall Street também sofreu.
O mercado petrolífero aguarda para saber a decisão da Reserva Federal (Fed) sobre se irá reduzir as taxas de juro na sua próxima reunião de 17 e 18 de setembro e os dados do emprego nos EUA na próxima sexta-feira serão decisivos.
Também será importante o anúncio da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sobre se irá aumentar a produção de crude em outubro.
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