MNE alemã desloca-se novamente à região para apoiar cessar-fogo

A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, inicia esta noite uma nova visita ao Médio Oriente, que inclui Israel e Ramallah, com o objetivo de apoiar os esforços internacionais para conseguir uma trégua em Gaza.

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© Kay Nietfeld/picture alliance via Getty Images

Lusa
04/09/2024 18:38 ‧ 04/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Trata-se da "nona viagem da ministra dos Negócios Estrangeiros a Israel e a décima primeira no total à região do Médio e Próximo Oriente desde o ataque terrorista do Hamas em 07 de outubro de 2023", pormenorizou uma das suas porta-vozes, Kathrin Deschauer, em conferência de imprensa.

 

Annalena Baerbock desloca-se à região quando o Ocidente, sob liderança de Washington, tem intensificado a pressão sobre o governo israelita de Benjamin Netanyahu para finalizar um cessar-fogo em Gaza.

"Os terroristas do Hamas não se detêm perante nada, por mais horrível que seja", afirmou a chefe da diplomacia alemã antes de partir, acrescentando que "é por isso que, por mais difícil que seja, todos os esforços devem continuar a ser direcionados para um cessar-fogo humanitário que conduza à libertação dos reféns".

"Não há solução militar nem para Gaza, nem para a situação na Cisjordânia", defendeu a alemã, reiterando que a longo prazo a solução de dois Estados continua a ser "a única opção para uma paz duradoura".

A viagem vai começar em Riade, na Arábia Saudita, seguindo-se a Jordânia e Israel.

Para sexta-feira está prevista uma conversa com o seu homólogo israelita, Israel Katz, sobre os planos para um cessar-fogo "que deverá conduzir à libertação dos reféns e à ajuda humanitária urgente para a população de Gaza", segundo a porta-voz do ministério.

A ministra quer ainda voltar a falar com os familiares dos reféns raptados pelo Hamas e terá encontros com representantes palestinianos em Ramallah, na Cisjordânia ocupada por Israel, bem como com o chefe do governo local, Mohammed Mustafa, para discutir "a questão de como evitar uma escalada de violência na Cisjordânia".

O exército israelita lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após os ataques de 07 de outubro perpetrados pelos islamitas palestinianos do Hamas, que provocou cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns.

Até ao momento, a ofensiva em Gaza provocou mais de 40.800 mortos, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas, além de 680 mortes na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Fim de restrições de armas de longo alcance depende de 4 países

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