Hvaldimir, a baleia beluga acusada de ser uma espia russa, que foi encontrada sem vida na costa norueguesa durante o fim de semana, foi morta a tiro. As conclusões são de um grupo de ativistas, que já apresentou queixa às autoridades norueguesas.
Segundo a associação One Whale, fundada para rastrear a beluga, há "provas convincentes de que a baleia foi morta por ferimentos de bala".
"Vários veterinários, biólogos e especialistas em balística analisaram as provas dos ferimentos de Hvaldimir, determinando que a morte da baleia foi o resultado de um ato criminoso", lê-se num comunicado publicado nas redes sociais.
Citada na nota, Siri Martinsen, veterinária e líder da associação pelos direitos animais NOAH, afirmou que os "ferimentos na baleia são alarmantes" e "é crucial que a polícia seja envolvida rapidamente".
Já Regina Haug, fundadora da OneWhale, revelou que soube que o animal tinha sido morto a tiro mal viu o corpo e lamentou que alguém tenha matado um "animal gentil e bondoso".
"Estou com o Hvaldimir há cinco anos e conheço-o muito bem. Quando vi o seu corpo, soube imediatamente que tinha sido morto a tiro. Cheguei a ver uma bala alojada no seu corpo. Este animal gentil e bondoso foi assassinado sem sentido. Procuraremos justiça para Hvaldimir e esperamos que alguém forneça informações sobre o seu assassinato", afirmou.
A baleia beluga ganhou fama em 2019 e levantaram-se suspeitas de que poderia estar envolvida em espionagem, após ter sido avistada em águas norueguesas com um arnês onde se lia "Equipamento de São Petersburgo".
Tornou-se conhecido localmente como Hvaldimir, um trocadilho com a palavra norueguesa ‘hval’, que significa baleia, e o nome do presidente russo, Vladimir Putin.
O seu corpo foi encontrado a boiar ao largo da cidade de Risavika, no passado domingo. Na segunda-feira, foi levado para uma filial próxima do Instituto Veterinário Norueguês para a realização da autópsia, cujo resultado é esperado "dentro de três semanas".
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