A imprensa italiana chamou-os de "Romeu e Julieta" e de facto, existe uma grande probabilidade da sua história acabar de forma triste: não com uma ou duas mortes, mas com um ou dois despedimentos.
Tratam-se de dois funcionários da Igreja que no fim de semana passado subiram ao altar para contrair matrimónio, diz o Il Messaggero.
A alegria pode, porém, acabar de forma menos boa, uma vez que as regras do Vaticano estabelecem que o matrimónio entre funcionários está proibido.
Os dois jovens funcionários do banco do Vaticano casaram-se a 31 de agosto numa igreja paroquial de Fregene, na costa romana, acompanhados por um pequeno número de familiares e amigos. Em julho, quando o mesmo jornal tornou público o seu caso, já tinham sido afastados das suas funções durante alguns dias. Ainda assim, os dois decidiram subir ao altar, desafiando as regras do vaticano.
Segundo o Il Messaggero, a Associação dos Funcionários Leigos do Vaticano (ADLV) revelou na quarta-feira que tentou até agora, sem sucesso, mediar o caso dos dois funcionários do Instituto para as Obras de Religião (IOR), conhecido como Banco do Vaticano.
Na prática, a norma prevê a rescisão do contrato de trabalho 30 dias após a celebração do casamento, exceto se um dos cônjuges decidir demitir-se voluntariamente do seu emprego, ficando apenas um em funções.
Conscientes das possíveis consequências, o casal espera contudo que uma intervenção do Papa os possa ajudar.
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