Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou que chegaram hoje as primeiras 100.000 doses da vacina contra o mpox e que um carregamento com o mesmo número "é esperado nos próximos dias".
"Estas vacinas fazem parte de 215.000 doses da vacina MVA-BN [...] que a Comissão Europeia adquiriu e se comprometeu a partilhar com os países afetados em África, para ajudar na resposta imediata à epidemia de mpox", acrescenta a nota.
Em simultâneo estão previstas mais 315.000 vacinas provenientes de Portugal, Espanha, Alemanha, França, Malta, Luxemburgo, Croácia, Áustria e Polónia, número que poderá ser superior, com outros Estados-membros que eventualmente queiram participar neste esforço conjunto.
As vacinas serão dadas ao Centro para Prevenção e Controlo de Doenças de África (CDC África) para distribuir pelos principais países mais afetados por este surto.
Na quarta-feira, durante uma audição no Parlamento Europeu, a diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) revelou que o risco para a população dos países da União Europeia (UE) "é baixo".
"É preciso clarificar uma coisa, o mpox não é o próximo covid-19", assegurou Pamela Rendi-Wagner.
Reconhecendo que "o tamanho do surto em África pode ser muito maior", por falta de informações credíveis, a diretora do ECDC sustentou que os vírus do mpox e o SARS-CoV-2 "espalham-se de maneiras diferentes, têm riscos completamente diferente e também há uma vacina eficaz" para o mpox.
"Não era esse o caso em 2020 quando começou a pandemia da covid-19", completou.
A também antiga diretora-geral de Saúde Pública da Áustria recordou que o único caso registado da estirpe que está a propagar-se em África foi em Estocolmo, de uma pessoa que tinha viajado para uma das áreas naquele continente que estavam a ser afetadas pelo surto.
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