"Se a administração norte-americana e o seu Presidente [Joe] Biden querem realmente alcançar um cessar-fogo e concluir um acordo de troca de prisioneiros, devem abandonar a sua parcialidade cega em relação à ocupação sionista e exercer uma verdadeira pressão sobre [Benjamin] Netanyahu e o seu governo", afirmou Al-Haya, elemento do gabinete político dos islamitas palestinianos do Hamas, baseado no Qatar, citado num comunicado de imprensa.
Na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou: "estamos a tentar encontrar um terreno para iniciar negociações, [mas] eles (Hamas) recusam [e dizem] que não há nada para discutir".
Desde o anúncio no domingo sobre a descoberta pelo exército israelita em Gaza dos corpos de seis reféns, Netanyahu tem estado sob forte pressão para chegar a um acordo sobre a libertação dos reféns ainda detidos, após quase onze meses de guerra.
Haya acusou o primeiro-ministro israelita de tentar "fugir à obrigação de chegar a um acordo de cessar-fogo".
O atual conflito em Gaza foi desencadeado com um ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro a Israel, provocando cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre na Faixa de Gaza, que fez mais de 40 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Telavive e o Hamas continuam sem conseguir um acordo para o fim dos combates, mas foram alcançadas pausas humanitárias temporárias para travar a propagação de poliomielite no enclave.
Leia Também: General iraniano ameaça Israel pelo assassínio do líder do Hamas