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Líder da oposição pede reconhecimento de Urrutia como presidente

A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, pediu hoje à comunidade internacional que reconheça a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais e insistiu que continuará a pressionar para que o Presidente Nicolás Maduro deixe o poder.

Líder da oposição pede reconhecimento de Urrutia como presidente
Notícias ao Minuto

21:05 - 05/09/24 por Lusa

Mundo Venezuela

"Nós, o povo venezuelano, fizemos tudo, construímos um movimento social mais forte contra uma tirania, competimos com as regras da tirania, absolutamente injustas e assimétricas, e ganhámos e provámos isso", disse Machado numa videoconferência com jornalistas internacionais, a partir de local na Venezuela mantido em segredo.

 

A opositora de Maduro frisou que o Reino Unido, a Europa e o Canadá devem fazer de imediato o que alguns países latino-americanos já fizeram e reconhecer o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, como Presidente eleito da Venezuela para o período 2025-2031.

"Se o mundo ou algum governo está a pensar em olhar para o outro lado, imaginem onde irá parar a vontade soberana e a soberania popular no mundo ocidental (...). Isso significaria que as eleições não valem nada", disse.

Em 03 de setembro um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para Edmundo González Urrutia, candidato presidencial da Plataforma Unitária Democrática (PUD), o maior bloco anti-regime nas eleições de 28 de julho.

O ex-candidato é acusado pelo Estado de ter alegadamente cometido os crimes de "usurpação de funções", "falsificação de documentos públicos", "instigação à desobediência das leis", "conspiração", "sabotagem de danos no sistema e associação [para cometer crimes]".

O Ministério Público pediu à justiça que emitisse um mandado de prisão para Urrutia depois de este não ter comparecido a três convocatórias, nas quais devia prestar declarações no âmbito da investigação.

A investigação está relacionada com a publicação de uma página na Internet em que a principal coligação da oposição - Plataforma Unitária Democrática (PUD) - afirma ter carregado "83,5% das atas eleitorais" recolhidas por testemunhas e membros das mesas de voto para reforçar a afirmação de que González Urrutia ganhou as eleições por uma ampla margem.

A PUD divulgou as atas, que o executivo, por sua vez, qualificou de falsas, depois de o Conselho Nacional Eleitoral ter proclamado Maduro como vencedor das eleições.

A vitória do atual Presidente foi questionada por vários países, alguns dos quais apoiam a afirmação de que González Urrutia ganhou a liderança do país.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.

Leia Também: Ministro do Interior acusa líder da oposição de causar apagão de energia

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