O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, afirmou, este domingo, que a "NATO tem de responder" ao facto de drones russos terem passado pelo espaço aéreo de países-membros, durante o fim de semana, e pediu uma "reação forte".
"A NATO tem de responder ao facto de os drones russos Shahed estarem a operar livremente no espaço aéreo dos países europeus. Têm de ser abatidos. A Rússia faz sempre isto - tenta sondar os pontos fracos. A reação tem de ser forte", escreveu na rede social X.
A posição da Ucrânia surge após o presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, ter anunciado que foi aberta uma investigação após um drone militar russo se ter despenhado na zona oriental da Letónia, no sábado.
"Estamos em estreito contacto com os nossos aliados. O número de incidentes deste tipo está a aumentar ao longo do flanco oriental da NATO e temos de os abordar coletivamente", garantiu no X.
De acordo com o Ministério da Defesa da Letónia, citado pela Bloomberg, o drone entrou no espaço aéreo letónio vindo da vizinha Bielorrússia antes de se despenhar no município de Rezekne, que fica a cerca de 55 quilómetros a oeste da fronteira russa e a cerca de 700 km a norte da Ucrânia.
Já na madrugada deste domingo, os radares do exército romeno detetaram um drone que entrou no seu espaço aéreo antes de "deixar o território nacional em direção à Ucrânia".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno condenou veementemente uma "nova violação" do seu espaço aéreo, apelando a Moscovo para que ponha fim aos "ataques repetidos", que conduzem a uma "escalada irresponsável" da situação de segurança na região.
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