A coligação liderada por Scholz descartou uma das principais exigências da CDU sobre a rejeição de migrantes nas fronteiras da Alemanha procedentes de países vizinhos.
"Isto significa que a tentativa de encontrar um caminho comum fracassou", declarou Merz.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, defendeu na segunda-feira que este tipo de políticas deve ser negociado com os outros países da União Europeia (UE) e não pode ser aplicado de forma unilateral por Berlim.
O chanceler alemão iniciou um diálogo com partidos da oposição e com os líderes dos 16 Estados federados alemães em matéria de política migratória, após o atentado cometido em Solingen, que fez três mortos.
As autoridades prometeram tomar medidas, entre as quais uma redução das restrições às deportações.
O Governo federal alemão ordenou na segunda-feira que o controlo de passaportes fosse alargado a todas as fronteiras terrestres, para tentar limitar a entrada de imigrantes em situação irregular e melhorar a vigilância contra potenciais ameaças islamitas.
De acordo com o executivo alemão, os controlos com a França, Luxemburgo, Países Baixos, Bélgica e Dinamarca serão impostos durante seis meses, a partir de 16 de setembro, juntando-se aos que já estavam em vigor nas fronteiras com a Polónia, a República Checa, a Áustria e a Suíça.
A Comissão Europeia apelou hoje a Berlim para medidas proporcionais, que devem manter-se excecionais.
Berlim considera estas medidas necessárias para "a proteção da segurança interna contra as atuais ameaças do terrorismo islâmico e da criminalidade transfronteiriça", duas semanas depois do ataque em Solingen, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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