Escolher o nome para um filho não é tarefa fácil. Os pais de uma criança que nasceu em Belo Horizonte, no Brasil, tiveram de enfrentar a justiça para verem o recém-nascido com o nome escolhido por eles.
De acordo com o que conta esta quarta-feira o G1, em causa está Piiê, que nasceu a 31 de agosto e ainda não tem certidão de nascimento. Durante quase duas semanas, os pais insistiram que este seria o nome que lhe queriam dar, em honra do primeiro faraó negro do Egito. Na chegada ao cartório viram o seu pedido negado - por causa da grafia -, e seguiram com o caso para a justiça.
A publicação brasileira dava conta de que a juíza que recebeu o processo alegou que a criança ia sofrer de bullying porque o nome é semelhante ao francês plié, um passo de ballet.
Segundo o G1, esta quinta-feira os pais foram informados de que a juíza voltou atrás e que, apesar de defender que a criança vai sofrer alguns constrangimentos por causa do nome, decidiu dar 'luz verde' para que ela seja assim registada.
"Considerando os novos argumentos trazidos, através do qual agora os pais explicitam a questão cultural que os guiou para a escolha do nome, os quais não foram apontados no pedido inicial [...]. Em respeito à cultura deles, autorizou o registo na forma pretendida, com a grafia original, inclusive por entender que nomes estrangeiros devem mesmo observar a grafia do país de origem", lê-se na justificação, citada pelo G1.
Os pais explicaram que a criança já está preparada para ir viver com a família, já que tem todas as vacinas em dia, assim como está bem de saúde. Justificaram que a ideia do nome tinha surgido já durante a gravidez, e que o faraó em questão era conhecido por resiliência e liderança forte.
Associando esta situação ao facto de a mãe já ter tido uma perda gestacional antes, os pais decidiram que este seria o nome ideal. "O chá de fraldas e revelação foram feitos assim. Todo o mundo já a chamava de Piiê", explicou o pai. O registo deve ser feito até quinta-feira, 12 de setembro.
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