Kim "sublinhou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, de forma a aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa", avançou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
A KNCA divulgou imagens do líder da Coreia do Norte a inspecionar fileiras de centrifugadoras, destinadas ao enriquecimento de urânio para fins militares.
Esta é primeira vez que Pyongyang divulga uma instalação de enriquecimento de urânio desde que permitiu, em 2010, que uma delegação de académicos da Universidade de Stanford, liderada pelo físico nuclear Siegfried Hecker, visitasse uma instalação em Nyongbyon, no oeste do país.
De acordo com a KCNA, durante a visita, Kim expressou repetidamente "grande satisfação pela maravilhosa força técnica do campo de energia nuclear" mantida pelo país.
O líder terá ordenado aos dirigentes da instalação que avançassem com a utilização de um novo tipo de centrifugadora, acrescentou a agência de notícias.
Kim disse que Pyongyang precisa de maiores capacidades de defesa e de ataque preventivo porque "as ameaças nucleares anti-RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] perpetradas pelas forças vassalas dos imperialistas dos EUA tornaram-se mais indisfarçáveis e cruzaram a linha vermelha".
Em 2018, Siegfried Hecker e académicos da Universidade de Stanford estimaram que o stock de urânio altamente enriquecido da Coreia do Norte era de 250 a 500 quilogramas, o suficiente para 25 a 30 dispositivos nucleares.
A Coreia do Norte disparou na quinta-feira vários mísseis balísticos de curto alcance, pela primeira vez em dois meses, disse o Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior sul-coreanos.
Numa aparente referência a estes lançamentos, a KCNA disse que Kim Jong--un supervisionou testes de disparo de múltiplos foguetes com capacidade nuclear, para examinar o desempenho de novos veículos de lançamento.
Este disparo ocorreu três dias depois do líder norte-coreano ter prometido duplicar esforços para tornar a força nuclear da Coreia do Norte pronta para o combate com os Estados Unidos e aliados.
Desde 2022 que a Coreia do Norte tem acelerado de forma significativa os testes de armas.
Os EUA e a Coreia do Sul responderam com a expansão das manobras militares conjuntas, que a Coreia do Norte considera serem ensaios para uma invasão.
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