O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, defendeu, esta terça-feira, a necessidade de criar "uma base de dados pública e aberta" dos inimigos de Moscovo.
Numa publicação, na plataforma Telegram, Medvedev sublinhou que "a escumalha vil" e "russofóbica" - incluindo o ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell - tem "apelado ativamente a ataques" contra a Rússia, "utilizando as capacidades da NATO".
"É óbvio que, mesmo agora, não há limites para tais ataques por parte do Ocidente, e é necessário prepararmo-nos cuidadosamente para o seu reflexo. Mas quero dizer outra coisa: a necessidade de recordar os apelos criminosos de certas aberrações ocidentais e de nos prepararmos para a retaliação", escreveu, acrescentando que "a história está cheia de exemplos em que a retaliação foi adiada".
Medvedev alertou que "todas as criaturas, independentemente da sua nação, fé, cidadania e posição," que "cometeram crimes contra" a Rússia, devem "olhar à volta na rua, mudar os seus dados e até a sua cidadania". "Andem armados, corram para casas seguras", ameaçou
"E aqui está outra coisa: temos de usar uma arma inimiga conhecida. Apesar de uma série de questões legais óbvias, vale a pena considerar a criação de uma base de dados pública e aberta dos nossos inimigos com os seus dados pessoais. Para aplicação de fins", acrescentou.
Sublinhe-se que, após a ofensiva militar russa, lançada a 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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