Num comunicado, o exército israelita adiantou que os dois soldados morreram na sequência da explosão de alguns mísseis disparados pelo Hezbollah a partir do Líbano.
Os mortos foram identificados como Nael Fwarsy, de 43 anos, e Tomer Keren, de 20, segundo as informações disponibilizadas pelo exército, que referiu que o incidente provocou também um ferido grave.
De acordo com o jornal The Times of Israel, citando autoridades médicas, oito pessoas foram levadas para o hospital durante a manhã - duas em estado moderado a grave - após um ataque com um projétil anti-tanque numa zona montanhosa perto da fronteira libanesa.
De acordo com o grupo libanês pró-iraniano, o ataque teve como alvo uma base do exército israelita.
Pouco depois, um 'drone' carregado com explosivos atingiu a região ocidental da Galileia, ferindo mais duas pessoas, uma delas com gravidade, segundo o jornal israelita Haaretz.
As forças israelitas confirmaram que um 'drone' lançado a partir do Líbano aterrou numa área perto da comunidade de Beit Hillel e disseram que as equipas de bombeiros estavam a tentar apagar um incêndio que deflagrou depois de vários fragmentos terem sido projetados, mas que não houve vítimas.
Por outro lado, o exército israelita sublinhou ter abatido dois milicianos do Hezbollah quando estes tentavam colocar dispositivos explosivos na fronteira norte do país hebreu.
"Os soldados lançaram artilharia e uma aeronave que atacaram e eliminaram os terroristas quando tentavam realizar o ataque na área do posto 'Tziporen' (posto militar israelita)", pormenorizou o comunicado.
Israel está em alerta máximo depois de milhares de dispositivos de comunicação eletrónicos do Hezbollah terem explodido nos últimos dias, matando mais de 30 pessoas. O grupo xiita libanês atribuiu esta vaga de detonações a Telavive.
Israel tem estado envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza, após o Hamas e outros grupos terem atacado o território israelita no dia anterior, matando cerca de 1.200 pessoas e raptando cerca de 250 outras.
Na quarta-feira à noite, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou que o país está a entrar numa "nova fase" da guerra em Gaza, ao enviar mais tropas e recursos para a fronteira com o Líbano.
Nos 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 baixas, algumas também na Síria.
Em Israel, 52 pessoas foram mortas no norte, 26 militares e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã sírios ocupados.
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