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NATO conclui 6.ª-feira manobras contra drones com participação da Ucrânia

A NATO conclui na sexta-feira, 20 de setembro, as suas manobras contra 'drones' (aeronaves não-tripuladas) que, pela primeira vez, contaram com a participação da Ucrânia, bem como de atores do setor privado e da comunidade da investigação.

NATO conclui 6.ª-feira manobras contra drones com participação da Ucrânia
Notícias ao Minuto

19/09/24 19:55 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo NATO

Com mais de 450 participantes de 19 aliados diferentes, os exercícios, em curso nos Países Baixos desde 10 de setembro, serviram para testar mais de 60 sistemas e tecnologias anti-'drone', como sensores, sistemas 'drone' contra 'drone', bloqueadores de sinal e intercetores.

 

Segundo a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), esta é a primeira participação ativa da Ucrânia em manobras da aliança e inclui-se no plano de cooperação e inovação entre a organização e Kyiv em resposta à invasão russa do país vizinho, em fevereiro de 2022.

Estas manobras são uma "oportunidade única" para abordar aspetos como a autonomia e interoperabilidade dos 'drones', ao mesmo tempo que a Ucrânia deu a conhecer a sua experiência no campo de batalha de combate a 'drones' de pequenas dimensões.

O território ucraniano tem, nas últimas semanas, sido palco de uma onda de ataques aéreos russos, cujos principais alvos são as infraestruturas essenciais e as instalações de centrais elétricas.

A defesa contra 'drones' foi incluída na estratégia da NATO para melhorar a preparação, a capacidade de resposta e a integração da defesa aérea, com o objetivo de impulsionar a conceção e a aplicação de uma arquitetura de defesa aérea para a Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Nas últimas semanas, as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região fronteiriça de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Stoltenberg despede-se da NATO e alerta para perigo de "isolacionismo"

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