"Condeno este crime terrorista do regime de ocupação [Israel], que levou ao martírio e a ferimentos maciços ao querido povo libanês e aos 'mujahideen' [guerreiros santos] do Hezbollah. Em breve encontrarão uma resposta esmagadora da frente de resistência", disse Hossein Salami, na quinta-feira.
Os ataques no Líbano, atribuídos por diversas fontes a Israel, causaram 37 mortos.
O embaixador do Irão em Beirute, Mojtaba Amani, foi uma das mais de 3.200 pessoas que, de acordo com as autoridades libanesas, ficaram feridas pelas explosões, na terça e na quarta-feira no Líbano.
"Em breve assistiremos à completa destruição deste regime cruel e criminoso", afirmou Hossein Salami, num comunicado citado pela agência de notícias Tasnim, ligada à Guarda da Revolução iraniana.
O dirigente descreveu as explosões como um sinal de desespero face aos "sucessivos fracassos" de Israel tanto na Faixa de Gaza, como na fronteira com o Líbano, onde as forças israelitas "não atingiram nenhum dos objetivos de guerra".
O representante do Irão junto da ONU, Amir Saed Iravani, disse na quarta-feira ao Conselho de Segurança que Teerão se reserva o direito a responder "ao abrigo do direito internacional" ao ataque ao embaixador, o qual descreveu como "um crime hediondo".
A Embaixada iraniana em Beirute afirmou, em comunicado, na quarta-feira, que o tratamento de Amani estava a progredir favoravelmente e descreveu como falsas as informações sobre "o estado dos olhos" do diplomata.
Horas antes, o jornal norte-americano The New York Times tinha divulgado informações de fontes da Guarda da Revolução iraniana, de acordo com as quais a explosão teria feito Amani perder um olho e danificado gravemente o outro.
De acordo com as primeiras investigações libanesas, os aparelhos de comunicação ligados ao Hezbollah transportavam uma carga explosiva oculta.
O caráter indiscriminado do ataque, que se fez sentir com explosões em locais não militares ou com muita gente, foi criticado pelas Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou para que os objetos civis não fossem utilizados como armas.
Israel não se pronunciou sobre o assunto.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel, a partir do sul do Líbano, em apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza há 11 meses.
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