Após promessa de retaliação, Israel intensifica ofensiva contra Hezbollah

O Hezbollah prometeu uma retaliação "esmagadora" na sequência das explosões de 'pagers' e 'walkie-talkies', que considera ter sido Israel a conduzir. Em resposta, Israel atingiu 100 lançadores de mísseis balísticos.

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Mariana Ferreira Azevedo
20/09/2024 09:13 ‧ 20/09/2024 por Mariana Ferreira Azevedo

Mundo

Líbano/Explosões

Israel intensificou a ofensiva contra o Hezbollah, depois de o líder do grupo xiita libanês Hassan Nasrallah ter dito que “a retaliação virá”, na sequência das explosões de ‘pagers’ e ‘walkie-talkies’ no Líbano, que considera ter sido Israel a comandar. 

 

Os militares israelitas disseram, em comunicado, que os ataques aéreos lançados na passada quinta-feira atingiram cerca de 100 lançadores de ‘rockets’ do Hezbollah e várias infraestruturas da milícia.

Três altos funcionários da segurança libanesa disseram ao New York Times - sob condição de anonimato por não estarem autorizados a falar com os meios de comunicação - que Israel fez mais de 70 ataques aéreos.

O ataque das forças militares israelitas acontecerem depois de o Hezbollah ter dito que vai haver resposta à explosão de ‘pagers’ e ‘walkie-talkies’, que causaram pelo menos 37 fatalidades e deixaram cerca de 3.200 pessoas feridas. Tanto o governo libanês como o grupo xiita consideram que as explosões foram comandadas por Israel. 

Desta feita, Hassan Nasrallah prometeu que Israel será "terrivelmente castigado, onde o espera e onde não o espera", pelos ataques contra os aparelhos de transmissão do Hezbollah.

"Esta deliberada escalada israelita coincide com as ameaças de expandir a guerra para o Líbano e com a sua postura intransigente, apelando para mais derramamento de sangue, destruição e sabotagem", acusou, por sua vez, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Beirute em comunicado.

Além do Líbano, também o Irão garantiu na quinta-feira que vai apoiar o Líbano. “Condeno este crime terrorista do regime de ocupação [Israel], que levou ao martírio e a ferimentos maciços ao querido povo libanês e aos 'mujahideen' [guerreiros santos] do Hezbollah. Em breve encontrarão uma resposta esmagadora da frente de resistência", disse Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do Irão.

As notícias das explosões surgiram num momento em que os Estados Unidos enviaram o diplomata Anthony Blinken ao Cairo, no Egito, para negociar um cessar-fogo na Faixa de Gaza - o epicentro do conflito no Médio Oriente -  e reduzir as tensões na região.

Já no continente, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, negava o envolvimento do gigante americano no ataque, durante uma conferência de imprensa: "os Estados Unidos não estavam envolvidos nisso. Não soubemos deste incidente com antecedência e, neste momento, estamos a recolher informações. Estamos a recolher informação da mesma forma que os jornalistas de todo o mundo estão, para recolher os factos sobre o que pode ter acontecido", sublinhou.

Leia Também: Relatores da ONU condenam explosões em aparelhos eletrónicos

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