De acordo com o ministro, a Costa do Marfim é o primeiro país africano a dispor de um sistema deste tipo.
"Para além de garantir uma melhor proteção das nossas crianças, o plano 'Alerte Enlèvement' reforçará a luta contra a criminalidade organizada e o terrorismo", declarou Vagondo Diomandé, numa conferência de imprensa.
O rapto de crianças para crimes rituais ou para outros fins criminosos aumenta frequentemente à medida que se aproximam datas importantes, nomeadamente políticas, na Costa do Marfim.
Em 2015 e 2018, casos de rapto de crianças no espaço de alguns meses criaram uma psicose no país, com muitas mensagens nas redes sociais apelando à população para fazer justiça pelas próprias mãos.
O sistema funcionará segundo o modelo do plano com o mesmo nome utilizado em França, que também ajudou a Costa do Marfim a criá-lo.
O alerta é desencadeado por uma mensagem oficial difundida de forma massiva através de todos os meios de comunicação social e redes sociais, de modo a atingir uma vasta audiência.
De acordo com as estatísticas policiais, foram registados na Costa do Marfim, desde 2014, cerca de 60 casos de desaparecimentos preocupantes de menores, com uma taxa média de resolução de 85%.
"A aplicação do plano de alerta de rapto na Costa do Marfim não só contribui para a segurança imediata e a proteção das crianças, como também promove um clima de vigilância na sociedade", declarou também hoje o procurador-geral adjunto Alexandre Koné.
Leia Também: Costa do Marfim. Ativistas preocupados com vaga de "ataques homofóbicos"